CESP convoca a população de Vialonga a defender os trabalhadores do Lidl

Os ritmos de trabalho «impostos» neste supermercado do Lidl de Vialonga, em Vila Franca de Xira, «têm vindo a provocar efeitos nocivos à saúde física e mental dos trabalhadores, manifestando-se em fadiga física e nervosa» que já provocaram o despedimento de alguns profissionais, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN). Num caso, um trabalhador demitiu-se ao fim de uma semana de trabalho, por «cansaço excessivo», tendo sido «pressionado a escrever de imediato um pedido de demissão à mão».

Na situação em que se encontra actualmente, não é sequer possível afirmar que a loja funciona em serviços mínimos. Apenas três trabalhadores são responsáveis pela abertura a loja (com tudo o que isso implica), sendo apoiados depois por um trabalhador com turno intermédio até às 19h. O fecho volta a ser realizado por apenas três pessoas.

Esta situação resulta, ao final do dia, em «filas de clientes até ao fundo da loja, com apenas 2 caixas abertas, levando a situações de tensão entre clientes e trabalhadores». O sindicato exige a «contratação imediata de mais trabalhadores a tempo inteiro, garantindo uma distribuição equilibrada das cargas de trabalho», o cumprimento «rigoroso» da legislação em matéria de segurança e saúde no trabalho, «assegurando ritmos de trabalho adequados» e a «implementação de condições de trabalho dignas e saudáveis, que salvaguardem a integridade física e psicológica dos trabalhadores».

O CESP pede a todos os clientes desta loja (e a qualque pessoa que se queira solidarizar com a situação destes trabalhadores) que preencham o livro de reclamações com denúncias dos atrasos e demoras provocada pela falta de profissionais no Lidl. As queixas também podem ser realizadas através das redes sociais ou do e-mail: apoio-ao-cliente.lidl.pt.