Recorrendo ao argumento falacioso de que quer resolver os problemas de uma administração pública depauperada por décadas de governos de direita, o executivo PSD/CDS-PP, liderado por Luís Montenegro, mais não quer do que desresponsabilizar o Estado «em sectores como a Saúde e a Educação, entre outros, assumindo que o privado deve reforçar-se, ainda mais, no Serviço Nacional de Saúde e instalar-se, em força, na Escola Pública».
Trata-se, na verdade, de um projecto que visa «transferir avultados recursos financeiros para privados - alguns deles de grandes grupos económicos – retirando esses meios aos Serviços Públicos, onde deviam estar alocados», denuncia a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (Frente Comum/CGTP-IN).
O programa político que o governo PSD/CDS-PP está a implementar, com o apoio ora do PS, ora da extrema-direita, «representa um retrocesso sem precedente em democracia». Todo um processo assente na «individualização das relações de trabalho» e na introdução dos interesses privados em sectores essenciais, «parece não haver limites para a tentativa de transformar o Estado num mero regulador de serviços e degradar ainda mais as condições de vida e trabalho dos trabalhadores da Administração Pública».
A Frente Comum convocou a marcha «serviços públicos não são mercadoria» para o dia 17 de Julho, contra o desinvestimento, baixos salários e pelo fim da precariedade na função publica. A acção, que vai juntar centenas de activistas, delegados e dirigentes sindicais, decorre entre o Largo da Estrela e o Palácio de S. Bento, com início às 11h.
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