Segundo referiu o ministro malaio dos Negócios Estrangeiros, Datuk Seri Mohamad Hasan, os laços económicos entre a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e a China vão atingir novos patamares com a assinatura desse pacto, conhecido como ACFTA 3.0.
O evento pós-ministerial foi um dos mais de vinte encontros relacionadas com a 58.ª Reunião de Ministros dos Negócios Estrangeiros da Asean, bloco regional integrado por Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia (que este assume a presidência), Myanmar, Singapura, Tailândia e Vietname.
Para Mohamad Hasan, o acordo melhorado chega num «momento crítico», em que a Asean procura fortalecer «a cooperação económica e a resiliência» no meio de um contexto comercial mundial «cada vez mas incerto», refere a Prensa Latina.
O diplomata malaio observou ainda que a Asean e a China foram os principais parceiros comerciais entre si durante quatro anos consecutivos, com um comércio total que ultrapassou os 770 mil milhões de dólares em 2024, mais 10,61% que no ano anterior.
Wang Yi destaca conquistas da cooperação entre China e Asean
Esta quinta-feira, em Kuala Lumpur, o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, também sublinhou as «conquistas frutíferas da cooperação bilateral», no contexto da sua participação na Reunião de Ministros dos Negócios Estrangeiros China-Asean.
Wang afirmou que a China continuará a aderir aos «princípios de boa vizinhança, estabilidade, prosperidade e benefício mútuo», e que irá trabalhar com o bloco para «defender os valores asiáticos de paz, cooperação, abertura e inclusão», acelerando a «revitalização da Ásia no meio do crescente impulso do Sul Global», indica a Xinhua.
Neste contexto, destacou os passos dados com vista à conclusão da versão 3.0 do ACFTA, que deverá ser assinado ainda este ano, bem como «a construção de comunidades bilaterais com um futuro partilhado com o Vietname, a Malásia e o Camboja», que foram «elevadas a um nível superior».
Afirmou ainda que a cooperação em matéria de segurança se tornou mais profunda, tanto ao nível do combate aos crimes transnacionais, como o jogo online e a fraude nas telecomunicações, como ao nível da terceira leitura do projecto de Código de Conduta no Mar do Sul da China, para gerir de forma eficaz as divergências e manter a estabilidade marítima.
Outro elemento apontado por Wang Yi foi a intensificação das trocas pessoais, com as partes a realizarem mais de 100 eventos de intercâmbio cultural e interpessoal em dois anos consecutivos. Além disso, foram implementados os «vistos Lancang-Mekong» e o «visto Asean», que facilitaram as visitas mútuas.
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