De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), na última sexta-feira, a proporção de domicílios em insegurança alimentar grave caiu de 4,1% para 3,2% entre 2023 e 2024, o que, em termos absolutos, representa cerca de dois milhões de pessoas.
A percentagem de domicílios em condição de segurança alimentar subiu de 72,4% em 2023 para 75,8% em 2024. Ou seja, 8,8 milhões de pessoas «passaram para esse patamar, em que a alimentação passa a ser uma garantia quotidiana», indicou o IBGE. Ainda assim, um em cada quatro domicílios no Brasil apresentou algum grau de insegurança alimentar em 2024, sendo as regiões Norte e Nordeste as mais afectadas do país.
Em 2024, os residentes de 18,9 milhões de lares brasileiros sofreram algum grau de insegurança alimentar (leve, moderada ou grave).
Cerca de 16% enfrentaram insegurança alimentar leve, ou seja, algum tipo de preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos ou uma redução na qualidade da comida.
Cerca de 4,5% sofreram insegurança alimentar moderada, enquanto em 3,2% dos lares a situação foi classificada como grave — o que significa que 2,5 milhões de famílias viveram sob privação quantitativa de alimentos.
O Governo de Lula da Silva, que tem como uma das suas principais bandeiras erradicar a fome no país, viu em Julho o Brasil sair, novamente, do mapa da fome das Nações Unidas, depois de ter regressado em 2021, durante o Governo de Jair Bolsonaro. O Presidente brasileiro vai a Roma esta terça-feira para instalar o secretariado da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que terá sede na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
De acordo com a diplomacia brasileira, Lula da Silva irá à capital italiana para participar na abertura do Fórum Mundial da Alimentação, que decorrerá em paralelo com o 80.º aniversário da FAO.
O chefe de Estado brasileiro pretende aproveitar essa oportunidade para reforçar a estrutura da Aliança contra a Fome e a Pobreza, que o Brasil apresentou no final do ano passado, no âmbito da sua presidência do G20, disse o diplomata Saulo Arantes Ceolin, do departamento de segurança alimentar do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em conferência de imprensa.
A Aliança conta actualmente com 103 países-membros e cerca de 80 organismos multilaterais, entre os quais figuram o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Portugal.
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