Esta iniciativa prende-se com a notícia do Diário de Notícias, segundo a qual o Governo PS tinha travado a renovação de contratos de pessoal do HFAR, nomeadamente assistentes técnicos, técnicos de diagnóstico e auxiliares operacionais, cuja consequência seria a «transferência de doentes, redução das cirurgias, fecho de várias valências e suspensão de 20 mil consultas».
A propósito desta situação, as associações de oficiais e sargentos emitiram comunicados manifestando a sua profunda preocupação com a situação e com as eventuais falhas na operacionalidade das Forças Armadas daí resultantes. Em concreto, a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) denuncia a tentativa de há muito se tentar «mascarar as dificuldades do Sistema de Saúde Militar (SSM), organização de que o Hospital das Forças Armadas é a face mais visível», sublinhando que a actual situação no HFAR «é apenas um vislumbre da gestão política desta instituição e, em concomitância, do SSM: um desastre deliberadamente provocado».
Por seu lado, a ANS afirma que «os riscos inerentes à Condição Militar não são compatíveis com a redução da capacidade cirúrgica», alertando para o facto de os militares prestarem serviço «24 horas - 365 dias por ano» e, por isso, não poderem estar sujeitos «a um horário de funcionamento do Serviço de Urgência entre as 08h00 e as 20h00», e muito menos «ao encerramento desse serviço».