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|amianto

Três denúncias por dia de amianto nas escolas

Das 90 denúncias realizadas num mês, 87 são relativas a escolas públicas e 30 foram já motivo de queixa, «embora ainda sem qualquer resultado prático», refere a plataforma «Há Amianto na Escola».

São várias as situações em que ocorreram manifestações contra a exposição ao amianto. As escolas são um exemplo
CréditosNuno Veiga / Agência Lusa

A plataforma, criada há pouco mais de um mês, recebeu 90 denúncias até ao momento, anunciaram esta terça-feira a associação ambientalista Zero e o Movimento Escolas Sem Amianto (MESA). A um ritmo de quase três denúncias por dia, a maioria das queixas vêm das áreas de Lisboa, Setúbal e Braga, e as escolas da Margem Sul do Tejo estão entre as que apresentam «piores condições», lê-se num comunicado emitido pelas duas organizações. 

Das 90 escolas apontadas nas denúncias, 87 são públicas e 30 foram já motivo de queixa, «embora ainda sem qualquer resultado prático», referem no documento.

«Acreditamos que a falta de denúncias no Norte e Sul do País significará que o número de escolas afectadas por presença de materiais contendo amianto será muito superior. Esta lista não comprova a existência de amianto nos materiais, identifica aqueles onde o mesmo poderá estar presente, pelas características e época de construção», precisam as organizações.

Pretende-se que o documento sirva de base a um inventário completo que deverá incluir análises aos materiais e vistoria aos espaços, mesmo nas escolas de onde já foi removido fibrocimento. «Temos denúncias de escolas onde foram executadas obras que apenas removeram uma parte dos materiais com amianto», lê-se no texto.

As organizações afirmam ainda que vão assistir, amanhã, na Assembleia da República, ao debate das iniciativas parlamentares de quase todos os partidos sobre a remoção do amianto das escolas, em particular, e dos edifícios públicos em geral.

«A perigosidade do amianto aumenta pela degradação e desgaste dos materiais [...] constituindo assim um risco para a saúde. [...] É necessário que exista um canal directo de comunicação entre as escolas e o Ministério de Educação para que as situações mais graves possam ser intervencionadas celeremente», defendeu, por seu turno, Íria Roriz Madeira, arquitecta que faz parte do movimento. 

Entre as patologias causadas pela exposição ao amianto figuram o cancro do pulmão e o cancro gastrointestinal. Em regra, as doenças associadas ao amianto demoram 20 anos ou mais a manifestarem-se. A Zero e o MESA recordam que a União Europeia definiu o ano 2032 como meta para a «erradicação total» do amianto de todos os estados-membros.

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