Em comunicado, a União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB/CGTP-IN) manifesta a sua «inequívoca discordância» quanto ao anúncio do Governo, deste fim-de-semana, de vir a introduzir descontros nas portagens até 80% para as empresas que utilizem as auto-estradas do Interior.
A estrutura sindical afirma não estar contra a redução em si anunciada, visto que defende a abolição das portagens nas antigas vias SCUT, mas explica que, num acto discriminatório, a medida deixa de fora «as populações e os trabalhadores do Interior do País» que dependem diariamente da A23 e A25.
Segundo a USBC, a medida «é insuficiente», perante os objectivos do Governo de promoção do Interior, e defende que qualquer redução, por mais pequena que seja, deve também abranger a população e trabalhadores.
«Queremos tornar claro que é absolutamente falso que esta medida permita estimular o emprego, porque, com a precariedade, com os baixos salários e com os altos custos das portagens, até podia haver oferta de emprego e não haver trabalhadores disponíveis para o aceitar. E este é o verdadeiro problema que é preciso resolver», afirma a União.
A USCB faz parte da Plataforma de Entendimento para a Reposição das SCUT na A23 e A25, que, tal como o nome indica, tem como objectivo a abolição das portagens nestas vias. Esta plataforma, que nos últimos meses tem promovido várias marchas lentas de protesto, defende que as portagens apenas favorecem os accionistas das concessionárias (PPP) e não contribuem para economia ou a fixação de população no Interior.
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