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Saúde militar: «quem de nós trata está muito maltratado!»

Esta afirmação da AOFA resulta, segundo o comunicado, da «insatisfação crescente» que reina entre os oficiais das diversas especialidades na área da saúde militar.

CréditosMarinha Portuguesa (Facebook)

A Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) realizou um ciclo de reuniões envolvendo mais de três centenas de oficiais de todas as especialidades na área da Saúde que manifestam«uma insatisfação crescente», resultante das políticas dos «sucessivos governos, com a evidente complacência do Comandante Supremo das Forças Armadas e das Chefias Militares».

No comunicado que divulgou, a AOFA considera que tal insatisfação, não apenas na área da saúde mas na generalidade dos militares resulta, por um lado, das deficitárias condições remuneratórias e de trabalho, da «exiguidade de efectivos» e da «desestruturação de carreiras», entre outros aspectos, a que se juntou a pandemia de COVID-19. Por outro lado, do reiterado incumprimento da Lei do Direito de Associação Profissional dos Militares por parte do Ministério da Defesa (MDN), que tem «como consequência a produção e entrada em vigor de diplomas sem qualquer tipo de qualidade e, sobretudo, completamente dissociados da realidade “no terreno”».

Por fim, a AOFA chama a atenção para o incumprimento da legislação em relação aos médicos militares, para a diferenciação de tratamento entre os três ramos, «que é dada aos Oficiais de Enfermagem, Psicologia e Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT), dispondo nuns casos de Quadros próprios e noutros constituindo-se como autênticas amálgamas», para além da «incompreensível barreira estatutária que impede que Oficiais altamente capacitados académica e funcionalmente possam ascender aos mais elevados Postos e Funções a eles associadas na hierarquia militar».

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