Para Vitorino, o Kosovo «continua a ser um foco de terrorismo», o que explica a posição do PSD. A retirada das tropas portuguesas do território está programada para o segundo semestre de 2017.
O PSD quer manter «consistência» na participação portuguesa na NATO, ou seja, manter a fidelidade aos interesses da Aliança Atlântica e dos EUA no plano da política externa e de defesa. Os cerca de 180 militares portugueses que ainda permanecem no terreno são estratégicos para a defesa nacional, parece querer dizer Bruno Vitorino, secundado pelo deputado Costa Neves, também do PSD.
O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, reafirmou a intenção de terminar a participação portuguesa na missão da NATO, mas abriu a porta à compensação dessa retirada através do reforço noutros cenários em que a organização está presente. O ministro prestava esclarecimentos aos deputados sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2017, na Assembleia da República.
A NATO mantém presença militar no Kosovo desde 1999, após os bombardeamentos na Jugoslávia, entre Março e Junho daquele ano. Foi a segunda grande operação militar da organização, depois dos bombardeamentos na Bósnia e Herzegovina em 1995. No entanto, foi a primeira vez que a NATO atacou um país passando ao lado do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Os bombardeamentos de 1999 mataram entre 1500 e 5000 pessoas, de acordo com diferentes estimativas. Os ataques sobre Novi Sad destruíram grande parte das infraestruturas da cidade, a segunda maior da Sérvia, assim como áreas residenciais e refinarias de petróleo, com consequências ambientais que ainda perduram.
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