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Incêndios: “Os Verdes” defendem que Governo deve explicações ao país

Com um «cenário dantesco de fogos florestais» o Partido Ecologista “Os Verdes” exige ao Governo sobre as medidas que foram ou não concretizadas dos relatórios decorrentes dos fogos de 2017. 

CréditosPedro Sarmento Costa / Agência Lusa

No contexto dos incêndios florestais que voltam a devastar Portugal em 2025, o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) lamenta as perdas humanas e demonstra solidariedade com as vítimas, mas exige responsabilidades ao Governo, acusando-o de «inaceitável irresponsabilidade» por não concretizar medidas há muito recomendadas.

«No cenário dantesco de fogos florestais que o país, mais uma vez conhece em 2025, a primeira palavra do Partido Ecologista “Os Verdes” é de sentido pesar pelas vítimas mortais e de solidariedade para com todos aqueles que foram afetados», refere o comunicado divulgado esta segunda-feira.

O PEV elogia ainda o esforço dos bombeiros, que, «em condições imensamente duras, trabalham arduamente, de forma heroica, primeiro para salvar vidas e depois para salvar património construído e natural».

Os ecologistas recordam a tragédia de 2017 e os relatórios então elaborados, acusando os sucessivos executivos de falharem na implementação das soluções propostas: «Todos nos lembramos da catástrofe de 2017 (e é importante que ninguém a esqueça!), da criação de uma comissão científica independente e dos relatórios então elaborados com uma avaliação pormenorizada das causas e efeitos de tamanho drama», sublinha o partido. 

Acrescentando que «o que tem faltado, verdadeiramente, é vontade política para concretizar as medidas recomendadas», o PEV exige, assim, uma resposta clara: «O Governo deve ao país uma explicação e justificação urgentes sobre o que é que, dos relatórios decorrentes dos fogos de 2017, ponto a ponto, medida a medida, está ou não cumprido e porquê».

O partido ecologista considera que as alterações climáticas, embora agravem os fenómenos, não podem continuar a servir como justificação para a falta de prevenção e adaptação e aponta ainda problemas estruturais que, a seu ver, têm agravado a dimensão dos incêndios, como é o caso da Política Agrícola Comum que teve como consequência o abandono da pequena e média atividade agrícola e o despovoamento das nossas zonas rurais. 

Além disso, os ecologistas alertam também para a «profunda eucaliptização da nossa floresta», defendendo que «o ordenamento florestal, com o objetivo primeiro de conseguir maior resistência e segurança, é uma prioridade que tem de ser assumida».
 

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