Não é um caso de diplomacia, mas sim um caso de apoio aos crimes contra a humanidade cometidos deliberadamente por Israel. Os Grupos Parlamentares de Amizade são, conforme explica o site da Assembleia da República, «organismos vocacionados para o diálogo e a cooperação com os Parlamentos dos Países amigos de Portugal, cabendo-lhes, entre outros, a promoção de ações necessárias à intensificação das relações com Parlamentos e parlamentares de outros Estados, designadamente ao nível do intercâmbio de conhecimento e de experiências, da troca de informações e de consultas mútuas, tendo em vista a eventual articulação de posições em organismos internacionais de natureza interparlamentar ou da divulgação e promoção de interesses comuns, nos domínios político, económico, social e cultural».
Acontece que, actualmente, essa missão torna-se difícil na medida em que uma colaboração com Israel significa, na prática, o apoio aos ataques genocidas que o Estado sionista está a levar a cabo na Palestina. Prova disso são as inúmeras acusações de crimes de guerra feitas por entidades internacionais como a Organização das Nações Unidas, o que leva a crer que os deputados que compõem o Grupo Amizade Portugal-Israel estão conscientes das suas acções.
Talvez seja por este facto que o Grupo em causa seja composto apenas por deputados do PSD, do Chega e do CDS-PP, aqueles que advogam para si a moral humanista, a matriz judaico-cristão e a doutrina social da Igreja. O presidente do grupo é o deputado Bruno Ventura, do PSD; o primeiro vice-presidente é o deputado Pedro Frazão, do Chega; e a segunda vice-presidente é a deputada Cláudia Estevão, também do Chega.
Além destes, o Grupo Amizade Portugal-Israel é ainda composto por mais sete deputados, registando-se uma ligação profunda da Juventude Social-Democrata no apoio ao Estado genocida. Integra esta estrutura os deputados Alexandre Poço, ex-presidente da «jota» do PSD, e João Pedro Louro, jovem de 31 anos, actual presidente da JSD.
Ricardo Carvalho e Sofia Machado Fernandes, ambos do PSD; Rui Paulo Sousa e João Aleixo, ambos do Chega; e João Pinho de Almeida, deputado que não conseguiu a liderança do grupo parlamentar do CDS-PP, compõem os restantes nomes.
A eleição do Grupo de Amizade Portugal-Israel aconteceu no passado dia 19 de Dezembro, porém ainda este ano, a 6 de Fevereiro, antes da queda do Governo que precipitou novas eleições, tinha tomado posse uma outra composição do Grupo de Amizade Portugal-Israel que, além de ter deputados do PSD/CDS e Chega, tinha ainda deputados do PS e da Iniciativa Liberal.
O Partido Socialista fazia-se representar por Walter Chicharro, constituido segundo vice-presidente do grupo, Pedro Delgado Alves e Ricardo Pinheiro. Já o liberias tinham a sua representação garantido através de Rodrigo Saraiva que, à data, era presidente do seu grupo parlamentar.
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