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Ex-presos comemoram luta em defesa do Forte de Peniche e criação de museu

A União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) assinala o segundo aniversário da petição que travou a concessão do Forte de Peniche a privados, numa sessão pública, a partir das 18h, em Lisboa. 

Fortaleza de Peniche
Fortaleza de PenicheCréditosMário Caldeira / Agência Lusa

Foi a 5 de Outubro de 2016 que deu entrada na Assembleia da República uma petição com 5000 assinaturas com o objectivo de travar a intenção do Governo de concessionar o Forte de Peniche para fins hoteleiros. 

Para assinalar a efeméride, a URAP realiza esta tarde, pelas 18h, na Casa do Alentejo, um «fraterno convívio entre democratas», onde serão prestadas informações sobre o processo de criação do Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, que é também fruto da luta dos antigos presos da Cadeia de Peniche.

Entre os primeiros subscritores do abaixo-assinado em defesa da memória dos que lutaram contra a ditadura de Salazar estiveram José Pedro Soares, Marília Villaverde Cabral, Domingos Abrantes, António Borges Coelho, Catalina Pestana, José Barata Moura, Paulo de Carvalho, Viale Moutinho, Sérgio Godinho e Maria do Céu Guerra. 

Forte de Peniche - memória, resistência e luta». URAP-União dos Resistentes Antifascistas Portugueses, Abril de 2017 (primeira edição). CréditosArquivo MSL /

Na comunicação da iniciativa desta tarde, a URAP recorda que, no Forte de Peniche, «em condições terrivelmente opressivas, cumpriram penas de prisão por motivos políticos 2498 antifascistas».  

A identificação de 2494 deles, entre outros coneúdos, surge no livro Forte de Peniche – Memória, Resistência e Luta, cuja primeira edição foi lançada pela URAP em Abril do ano passado.  

Passaram 500 por Angra do Heroísmo

Ontem, nos Paços do Concelho de Angra do Heroísmo, na Terceira (Açores), foi feita uma apresentação prévia do livro As prisões políticas de Angra do Heroísmo – Fortaleza de São João Baptista e Forte de São Sebastião (Castelinho).

Segundo um levantamento feito pela URAP, durante o fascismo passaram por Angra cerca de 500 presos políticos, dos quais 40 açorianos e duas mulheres. 

Entre 1933 e 1943, recebeu alguns dos mais destacados dirigentes do movimento sindical da época, como Mário Castelhano, Bento Gonçalves, Sérgio Vilarigues ou José Gregório. Bento Gonçalves, primeiro secretário-geral do PCP, esteve na Fortaleza de São João Baptista, antes de ir para o Tarrafal, onde acabou por morrer.

Entre os primeiros presos políticos a rumar a Angra do Heroísmo terão estado também os operários vidreiros da Marinha Grande, que a 18 de Janeiro de 1934 se revoltaram contra a ditadura e as condições de vida da época.

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