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|Novo Banco

Dinheiro que falta nos serviços públicos sobra no apoio à banca

No mesmo dia em que se divulgou a «saída» de 450 trabalhadores, em 2018, o presidente do Novo Banco, detido em 75% pela norte-americana Lone Star, disse que precisa de nova injecção de capital. 

Os portugueses foram obrigados a suportar as perdas provocadas pelo assalto conduzido pela família Espírito Santo
Os portugueses foram obrigados a suportar as perdas provocadas pelo assalto conduzido pela família Espírito SantoCréditos

As contas de 2018 só serão publicadas a 1 de Março, motivo que leva o presidente do Novo Banco a recusar falar sobre o valor que será requerido junto do Fundo de Resolução. Mas a SIC avança que a instituição bancária deverá precisar de mais de 800 milhões de euros este ano, ou seja, a verba atribuída pelo Governo.  

À margem de uma iniciativa em Lisboa, esta quinta-feira, António Ramalho disse que «a recapitalização do banco é determinada depois de auditadas as contas e em função do que é o nosso projecto, completamente acordado entre todas as partes [Lone Star e Fundo de Resolução], no sentido de reforçar a instituição que tinha um processo de resolver legados que queremos que seja o mais rápido possível».

Desse modo, acrescentou, será «mais eficiente para o sistema financeiro português» e cumprirá melhor o seu papel de banco de empresas.

O «banco bom» que resultou do colapso do BES de Ricardo Salgado, no Verão de 2014, é desde Outubro de 2017 detido em 75% pelo fundo abutre Lone Star, sendo os restantes 25% propriedade do Fundo de Resolução bancário (entidade da esfera pública gerida pelo Banco de Portugal).

Então, a Lone Star não pagou qualquer preço, tendo acordado injectar mil milhões de euros no Novo Banco, e negociou um mecanismo que prevê que, durante oito anos, o Fundo de Resolução injecte até 3,89 mil milhões de euros no Novo Banco por perdas que venha a registar num conjunto de activos «tóxicos» e alienações de operações não estratégicas (caso ponham em causa os rácios de capital da instituição). 

Para fazer face aos prejuízos de cerca de 1400 milhões de euros registados em 2017, em Maio do ano passado o Fundo de Resolução transferiu para o Novo Banco 792 milhões de euros. Em 2019, volta a assombrar o Orçamento do Estado, registando-se a saída de trabalhadores em contraciclo. No final de 2017 trabalhavam menos 608 funcionários na instituição e em 2018 foram subtraídos 450 trabalhadores. 

O Parecer Sobre a Conta Geral do Estado de 2017, emitido pelo Tribunal de Contas, dá conta de que, no período entre 2008 e 2017, a despesa pública com o sector financeiro, em termos líquidos, atingiu 16 751 milhões de euros. Destes, cerca de 4600 milhões foram canalizados para o BES/Novo Banco.

Com Agência Lusa 

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