Foi na passada sexta-feira que PSD, CDS-PP e PS chumbaram no Parlamento nove diplomas apresentados pelos partidos à esquerda do hemiciclo.
Para recusar eliminar «medidas bondosas», como por exemplo a dupla penalização nas reformas antecipadas, a deputada do PS Catarina Marcelino disse simplesmente que não se pode, «em nenhuma circunstância, fazer alterações avulsas que ponham em causa a sustentabilidade e o equilíbrio do sistema».
As propostas vertidas nos diplomas dos comunistas previam a eliminação da aplicação do factor de sustentabilidade às pensões por desemprego involuntário de longa duração, a revogação do factor de sustentabilidade, que vai nos 14,7%, e a reposição da idade legal de reforma aos 65 anos, sendo as duas últimas semelhantes às apresentadas pelo PEV.
O PCP propunha ainda a valorização das longas carreiras contributivas, garantindo o acesso à pensão sem penalizações aos trabalhadores com 40 ou mais anos de carreira contributiva e a eliminação de penalizações aos trabalhadores que tenham acedido à pensão antecipada, tal como defendiam «Os Verdes».
Entre as propostas do BE, que também previa a reposição da idade de reforma nos 65 anos, estava igualmente a criação de um «complemento extraordinário para compensar os pensionistas com longas carreiras contributivas dos cortes resultantes da aplicação do factor de sustentabilidade, entre 2014 e 2019».
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