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|Forças Armadas

Associações debatem sindicalismo militar na Europa

Representantes de diversas associações militares europeias discutem esta segunda-feira, em Lisboa, o associativismo e o sindicalismo militar na Europa.

Participação de militares nas comemorações do Dia da Marinha, em Vila do Conde, 21 de maio de 2017
Participação de militares nas comemorações do Dia da Marinha, em Vila do Conde, 21 de maio de 2017CréditosJOSE COELHO / LUSA

As associações profissionais de militares portuguesas de oficiais (AOFA), sargentos (ANS) e praças (AP), em colaboração com a EUROMIL (Organização Europeia de Associações Militares), promovem, esta segunda-feira, no Auditório Almeida Santos, na Assembleia da República, uma sessão/debate sobre associativismo/sindicalismo militar na Europa.

Na iniciativa, que será moderada por Lima Coelho (membro da direcção executiva da EUROMIL e ex-presidente da ANS), intervirão dirigentes de associações militares de vários países: Gerard Guinan, secretário-geral da PDFORRA (Irlanda), associação de sargentos e praças; Lars Fresker, presidente da SAMO (Suécia), associação de oficiais, sargentos e praças; Andreas Steinmetz, vice-presidente da DBWV (Alemanha), associação de oficiais, sargentos e praças; Ton de Zeeuw, da direcção executiva da EUROMIL (ex-dirigente do Sindicato de Polícia Militar Holandês) e Emmanuel Jacob, presidente da EUROMIL.

Este debate acontece algumas semanas após o Comité Europeu de Direitos Sociais reconhecer direitos sindicais a todos os membros das Forças Armadas dos países europeus, uma decisão com relevância para as associações-membro da EUROMIL, em particular para as dos países onde os militares não gozam plenamente do seu direito à liberdade de associação e aos direitos sindicais, ou ainda quando tal direito, apesar de consignado em leis próprias dos países, não é respeitado pelos respectivos governos.

Em Portugal, apesar da consequência das políticas de governamentalização das Forças Armadas (FA), nomeadamente a degradação do Estatuto da Condição Militar e a tentativa de aproximar os militares do estatuto dos funcionários públicos, o sindicalismo militar ainda é um tema tabu. Isto, apesar de aqui e ali se ouvirem vozes que, afirmando-se desprotegidas pelos chefes militares, sugerem direitos iguais aos da administração pública no plano sindical.

O general Ramalho Eanes, a este propósito e numa recente entrevista ao Expresso, falava da necessidade de se alterar a dependência perversa das FA em relação ao poder político, sem pôr em causa que a instituição militar seja plenamente responsável perante o poder político. O antigo Presidente da República sublinhava a necessidade de as Forças Armadas terem autonomia institucional, «até para evitar que as associações profissionais possam ser tentadas a mudar a sua índole e ser mais de índole sindical».

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