A EDP registou lucros de 1,113 mil milhões de euros em 2017, enquanto no ano anterior tinham sido de 961 milhões. Este é o melhor resultado desde 2011, quando a energética atingiu 1,12 mil milhões de euros. Este valor corresponde a cerca de metade do que o Estado recebeu na última fase de privatização da empresa, durante o anterior governo do PSD e do CDS-PP.
Apesar da subida, o imposto sobre os lucros pago pela EDP desceu a pique, para apenas 10 milhões de euros (menos 78 milhões do que no ano passado), aproveitando benefícios fiscais nos EUA e com a reorganização da sua presença em Espanha.
Já a massa salarial no grupo EDP desceu ligeiramente, ficando-se por 471 milhões de euros, enquanto as remunerações dos órgãos sociais subiram ligeiramente, para 16,4 milhões de euros. O presidente executivo, António Mexia, recebeu mais de 2,2 milhões de euros em 2017, incluindo prémios.
Os gestores da EDP receberam 400 vezes o que, em média, recebeu cada trabalhador do grupo. Mexia levou para casa 57 vezes o salário médio no grupo.
António Mexia, foi secretário de Estado do segundo governo de Cavaco Silva, tendo passado depois para a administração do recém-privatizado Banco Espírito Santo. Entre 2000 e 2004 ocupou cargos de topo na Galp Energia, anos em que a maioria do capital da petrolífero saiu da posse do Estado.
Após a saída de Durão Barroso para Bruxelas, o novo primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, convidou-o a integrar o governo do PSD e do CDS-PP, ficando com a tutela das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
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