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Com mais de 20 anos, centro de apoio a jovens corre risco de desaparecer

Dependência de ecrãs, ansiedade, depressão, comportamentos autolesivos ou ideação suicida são alguns dos problemas que levam dezenas de milhares de jovens a bater à porta do centro Aparece, em Lisboa.  

CréditosJoão Relvas / Agência Lusa

Foi criado em 1999 pelo Ministério da Saúde para que os adolescentes tivessem um espaço dedicado exclusivamente aos seus problemas e pudessem partilhar todas as suas dúvidas num espaço confidencial e privado. Desde então, ajudou dezenas de milhares de jovens, mas após 2013 começou a perder profissionais de saúde. «Hoje, tem apenas dois médicos, uma enfermeira e uma psicóloga, sendo que duas vão reformar-se em breve». A informação é avançada na edição desta quarta-feira do Jornal de Notícias, que falou com membros da equipa do centro Aparece – Saúde Jovem.

Começou por funcionar no Centro de Saúde da Lapa, passando depois para o de Sete Rios. Em 2020, devido ao surto do novo coronavírus, a já «frágil» situação do centro agravou-se quando tiveram de ceder o espaço para um covidário. Segundo a notícia, as instalações não foram devolvidas e «os jovens passaram a ser atendidos em salas dispersas, alterando a missão do equipamento», que dantes conseguia proporcionar confidencialidade aos jovens utentes que o procuravam. 

«Por aqui, passam meninas que engravidaram precocemente e não querem ir ao seu centro de saúde porque lá está o pai, a mãe ou os vizinhos», relatou uma enfermeira ao JN, adiantando que por este e outros motivos, este centro é «único». Outra especialista acrescenta que «os jovens já se sentem vulneráveis e terem o mínimo de barreiras ao atendimento ajuda-os». Apesar disso, a falta de pessoal tem diminuído a resposta e ameaça a existência do próprio centro.

Os 8000 jovens que nele já foram seguidos reduzem-se agora a 3500 por causa da falta de recursos. A agravar a situação, metade destes jovens não tem médico de família. A coordenadora do centro Aparece alerta para o «grande impacto» que o desaparecimento desta resposta terá na saúde dos jovens, cuja saúde mental se agravou após a pandemia, mas o Ministério da Saúde ainda não reagiu ao seu pedido por soluções. 

Na véspera do debate da nação, na Assembleia da República, este é mais um exemplo a ilustrar a falta de investimento estatal na saúde pública. 

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