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Câmara de Évora encontrou 5 milhões de dívida não registada pelo PS

A gestão CDU da Câmara de Évora encontrou, no ano passado, mais cinco milhões de euros de encargos que não estavam registados, o que elevou o valor da «dívida herdada» das gestões do PS para 94,7 milhões de euros.

Fachada do edifício da Câmara Municipal de Évora
Fachada do edifício da Câmara Municipal de Évora CréditosNuno Veiga / Agência Lusa

«Era uma dívida de grande dimensão que não esperávamos encontrar tantos anos depois», afirmou hoje o presidente do município, Carlos Pinto de Sá (CDU), em declarações à Lusa.

O autarca referiu que a Câmara Municipal (CM) de Évora registou, em 2017, uma dívida de 1,7 milhões de euros ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e outra de 3,3 milhões à empresa responsável pelo abastecimento de água.

«Fomos surpreendidos quando, numa reunião com IHRU, nos foi dito que havia uma dívida» relacionada com a compra de 54 fogos situados no Bairro das Corunheiras, disse, indicando que a anterior gestão do PS no município fez o contrato em 2004.

Segundo o presidente da Câmara, não existiam registos desta dívida nas contas do município, nem da Habévora, empresa municipal responsável pela gestão do património habitacional público do concelho.

«Percebemos depois que tinha havido uma decisão da Câmara e da Assembleia Municipal de passar esse compromisso do município para a Habévora e que, apesar de ter havido a deliberação, isso nunca se concretizou, razão pela qual, julgamos nós, não terá sido registado», realçou.

Pinto de Sá adiantou que a dívida ao IHRU foi registada, ainda em 2017, e que a empresa municipal Habévora assumiu os encargos, assinalando que, depois de negociações, a Câmara conseguiu reduzir juros e acordar o seu pagamento de forma faseada.

Quanto à dívida de 3,3 milhões de euros à Águas do Vale do Tejo, empresa que absorveu a antiga Águas do Centro Alentejo, a CM de Évora também fez «um acordo de pagamento» para pagar o valor ao longo do tempo, revelou.

Esta obrigação, explicou o autarca eleito pela CDU, está relacionada com juros de dívidas que o município foi condenado a pagar em processos que estavam no Tribunal Administrativo de Beja.

«Apesar de ter aparecido mais dívida, conseguimos pagar mais do que aquela que apareceu», notou, frisando que o mais recente apuramento, no final de 2017, aponta para uma dívida orçamental do município na ordem dos 65,7 milhões de euros.

O autarca observou que o aparecimento de novas obrigações fez aumentar «a dívida herdada» da anterior gestão do PS no município para os 94,7 milhões de euros.

A coligação PCP-PEV renovou a maioria absoluta na Câmara da capital de distrito alentejana nas eleições autárquicas de 1 de Outubro de 2017, depois de ter recuperado a gestão da autarquia em 2013. O PS esteve na gestão da Câmara de Évora durante três mandatos, entre 2001 e 2013.


Com Agência Lusa

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