«Não há qualquer justificação para a existência de uma Associação de Assembleias Municipais uma vez que estas Assembleias Municipais são apenas órgãos deliberativos e com competências específicas de cada um dos municípios», afirma, em comunicado, a Coordenadora Concelhia de Torres Novas da CDU, coligação que junta comunistas e ecologistas.
A adesão a esta associação (a ANAM), considera a CDU, contribui exclusivamente para validar a criação de uma entidade «meramente artificial» que não terá «qualquer actividade», limitando-se a onerar os municípios com os «enormes custos» indispensáveis ao seu funcionamento.
Afinal, questiona a coligação, qual é mesmo o propósito de uma associação que, para além de configurar uma «injustificável redundância na organização da representação do Poder Local», pode mesmo «constituir um elemento fraccionário dessa representação», que tem sido institucionalmente assumida pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP)?
Face à proposta que o executivo de maioria absoluta do PS levou à reunião da Assembleia Municipal de Torres Novas na passada sexta-feira, a CDU manteve o voto contra.
A ANMP tem vindo, nos últimos meses, a ser alvo de um ataque concertado por parte de alguns municípios liderados, ou apoiados, pelo PSD. Para além da saída do Porto, de Rui Moreira (com o apoio do PSD, CDS-PP e IL), também Coimbra, Trofa e Póvoa de Varzim anunciaram a intenção de abandonar a organização.
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