Fontes militares sírias afirmaram em comunicado que o «inimigo israelita» lançou uma agressão aérea, com mísseis, às 12h56, a partir do Sudeste de Beirute. Pouco minutos depois, à 1h10, o mesmo «inimigo» lançou uma nova agressão, com mísseis terra-terra, a partir dos Montes Golã ocupados, indica a agência SANA.
A mesma fonte reconheceu a existência de danos materiais e vários meios oficiais divulgaram imagens de edifícios atingidos por pedaços de mísseis interceptados pela defesa anti-aérea síria no subúrbio damasceno de Qudsaya.
Outras fontes militares, a que a Prensa Latina faz referência, indicaram que um avião de carga russo teve de atrasar a aterragem em território sírio, fazendo vários voos circulares sobre o Mediterrâneo, para evitar os mísseis disparados durante o ataque.
O militar sírio morto é um capitão cuja bateria de defesa anti-aérea foi destruída por um míssil israelita, precisaram.
O ataque duplo desta madrugada é o segunda agressão perpetrada pelas forças militares israelitas contra a Síria este ano. A primeira ocorreu a 31 de Janeiro, com os aviões israelitas a lançarem mísseis contra vários pontos em redor da capital síria.
O ano passado, Israel levou a cabo mais de quatro dezenas de ataques contra território sírio, o último dos quais, a 27 de Dezembro, provocou grandes danos materiais no maior porto comercial da Síria, em Latakia.
Israel, com quem a Síria permanece oficialmente em guerra, intensificou os ataques contra o país vizinho desde o início da guerra de agressão, em 2011.
Embora as autoridades israelitas raramente tenham assumido a autoria dos ataques individuais na Síria, quando o fizeram, o pretexto foi quase sempre o de atingir alvos do Irão ou do Hezbollah, que tiveram um papel fundamental na luta contra os grupos terroristas apoiados por potências ocidentais e regionais.
O governo de Damasco tem condenado repetidamente estas acções, que encara como forma de desestabilizar o país e de apoiar o terrorismo (também econónimo), e tem denunciado o silêncio das Nações Unidas, sublinhando o seu direito a defender a integridade territorial e soberania nacional por todos os meios.