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|Reino Unido

Trabalhadores dos correios continuam a lutar por melhores salários no Reino Unido

Os funcionários dos correios britânicos «vão lutar enquanto for preciso», até conseguirem melhores salários, condições e garantias de emprego, afirmou fonte sindical no primeiro de dois dias de greve.

Trabalhadores do Royal Mail participam num piquete de greve no Noroeste de Londres 
Trabalhadores do Royal Mail participam num piquete de greve no Noroeste de Londres Créditos / Morning Star

Dave Ward, secretário-geral do Communication Workers Union (CWU), pediu ao governo de Rishi Sunak que interviesse no conflito que os trabalhadores filiados no sindicato – 115 mil – mantêm com o Royal Mail, insistindo: «Não vamos desistir», indica o periódico Morning Star.

O apelo foi realizado esta quinta-feira, quando dezenas de milhares de trabalhadores do Royal Mail iniciaram uma greve de 48 horas, no âmbito de uma luta que se arrasta há meses e que CWU considera vital para definir o futuro de um serviço com 500 anos de existência.

Dave Ward, que se juntou a um piquete de greve num ponto de entrega do Royal Mail em Camden (Norte de Londres), afirmou que «nenhum trabalhador e nenhum sindicato aceitaria os empregos, as perdas e as condições» que a empresa «está a associar ao futuro de uma indústria com a qual nos preocupamos».

Afirmando que o director executivo do Royal Mail «devia ser despedido», por «intimidar e provocar» os trabalhadores, o dirigente sindical sublinhou que o conflito que se arrasta não diz apenas respeito ao futuro do serviço postal (privatizado em 2013), mas é também sobre o que se passa no país, «sobre a forma terrível como alguns dos chamados líderes empresariais operam e são autorizados a destruir – escapando impunes – uma empresa como o Royal Mail».

O CWU anunciou que, além da greve marcada para ontem e hoje e para dias 30 de Novembro e 1 de Dezembro, os trabalhadores dos correios devem também fazer greve nos dias 9, 11, 14, 15, 23 e 24 de Dezembro.

Após a reunião mais recente entre representantes dos trabalhadores e da administração do Royal Mail, a empresa afirmou que fez «melhorias substanciais» nas propostas, mas o CWU distanciou-se dessa perspectiva, repudiando a abordagem «agressiva» da empresa.

Ward disse que o Royal Mail, que se tinha mostrado preocupado em evitar grandes perturbações no serviço, não quis saber, e acrescentou que o sindicato jamais aceitaria que 115 mil trabalhadores – que mantiveram o país ligado durante a pandemia e fizeram milhões de lucros para os patrões e accionistas – «sofressem um golpe tão devastador nos seus rendimentos».

Para o CWU, as propostas avançadas pelo Royal traçam o fim da empresa como foi conhecida até aqui e esboçam «uma empresa não confiável, assente na economia precária, tipo Uber».

O sindicato exige um acordo que garanta aumentos salariais, estabilidade no emprego e uma «estratégia comercial alternativa», que, em seu entender, irá permitir ao Royal Mail crescer.

Greves em vários sectores

Professores, investigadores, académicos, funcionários administrativos, dos serviços de limpeza e da alimentação nas universidades do Reino Unido também fizeram greve, esta quinta-feira, por melhores salários e condições de trabalho, num contexto em que a inflação supera os 11% e de forte aumento do custo de vida.

Na Escócia, praticamente todas as creches e escolas do ensino primário e secundário fecharam, ontem, no âmbito de um dia de paralisação, por aumentos salariais, convocado pelo Educational Institute of Scotland (EIS), que representa cerca de 80% do pessoal docente na Escócia.

Pela valorização dos salários e contra a precariedade, os enfermeiros anunciaram que vão fazer greve nos dias 15 e 20 de Dezembro, depois de as negociações com o governo não terem chegado a bom porto.

Por seu lado, mais de 40 mil trabalhadores ferroviários filiados no sindicato RMT podem fazer greve nos dias 13, 14, 16 e 17 de Dezembro e 3, 4, 6 e 7 de Janeiro.

Ontem, o secretário-geral do RMT, Mick Lynch, reuniu-se com o ministro dos Transportes, Mark Harper, e, de acordo com a imprensa, foram feitos avanços. No entanto, Mick Lynch disse que a convocação das greves se mantém «até haver um resultado concreto».

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