Num comunicado emitido esta quinta-feira, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros afirma que os ataques sucessivos perpetrados por Israel contra território nacional coincidem com os ataques terroristas à província de Alepo e o corte de água levado a cabo pela Turquia na província de Hasaka.
Trata-se da «implementação das estratégias de conspiração geopolítica contra a Síria por causa dos princípios que assume, especialmente os que dizem respeito ao combate ao terrorismo», afirma o documento, citado pela SANA.
O ministério confirmou ainda a informação previamente divulgada de que a agressão aérea israelita teve lugar à 1h13 (hora local) de quinta-feira, tendo como alvo a localidade de al-Qusayr, na região ocidental da província de Homs, pero da fronteira com o Líbano.
A maior parte dos mísseis, disparados a partir do espaço aéreo libanês, a nordeste de Beirute, foi derrubada pela defesa anti-aérea síria e os danos causados foram apenas materiais.
Trata-se do segundo ataque israelita com mísseis contra território sírio em pouco mais de 48 horas, depois de, na segunda-feira, pelas 23h37 (hora local), a defesa anti-aérea síria ter interceptado sete de oito mísseis israelitas lançados contra a província de Alepo.
Para o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria, «Israel persiste no terrorismo na região porque está confiante de que não irá prestar contas pelos seus inúmeros crimes, graças à protecção das sucessivas administrações norte-americanas e de alguns países ocidentais».
No comunicado ontem emitido, as autoridades sírias criticam o silêncio de alguns membros da comunidade internacional perante «os crimes israelitas, que estão a aumentar», o que os transforma em «parceiros de Israel e de organizações terroristas como a Frente al-Nusra e o Daesh».
Neste sentido, o governo sírio instou as Nações Unidas a assumir as suas responsabilidades, sublinhando que os ataques israelitas contra a Síria são «violações flagrantes da Carta das Nações Unidas», bem como das resoluções n.º 242, 338, 350 e 497, aprovadas pelo seu Conselho de Segurança.