Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|País Basco

Sindicatos bascos denunciam criminalização da luta: trabalhador condenado a 6 meses

O MP pede mais de 20 anos de cadeia, no total, para sete pessoas que participaram na greve contra os despedimentos na Tubacex, em 2021. Os sindicatos denunciam a «criminalização» do protesto.

Trabalhadores da Tubacex e população participam num protesto em Laudio, País Basco, contra os despedimentos na Tubacex, a 23 de Fevereiro de 2021 
Trabalhadores da Tubacex e população participam num protesto em Laudio, País Basco, contra os despedimentos na Tubacex, a 23 de Fevereiro de 2021 Créditos / LAB

Um tribunal de Vitória-Gasteiz condenou, esta terça-feira, a seis meses de prisão, por «resistência à detenção», a primeira de um grupo de sete pessoas indiciadas por causa da greve dos funcionários da Tubacex em Laudio e Amurrio (Álava), em 2021, contra a intenção da empresa de efectuar 150 despedimentos.

Os trabalhadores mobilizaram-se em defesa dos postos de trabalho convocando uma greve por tempo indefinido. A 23 de Fevereiro de 2021, sentaram-se na rua, em Laudio, e a Ertzaintza empenhou-se a fundo, carregando com grande violência contra os trabalhadores em greve e a população que os apoiava, provocando vários feridos e efectuando sete detenções.

Agora, o Ministério Público (MP) solicita penas que, no conjunto, ultrapassam os 20 anos de cadeia para trabalhadores e pessoas da comarca solidárias com elas, detidos durante a greve nas fábricas alavesas da conhecida empresa de tubos de aço.

O primeiro desse grupo foi julgado no passado dia 15 de Junho, sendo hoje conhecida a sentença: seis meses de cadeia por «resistência à detenção». O tribunal absolveu o trabalhador da acusação de «atentado à autoridade», que envolvia uma pena mais pesada.

Numa nota, o sindicato ELA afirma que tal «atentado» não ficou provado e, entendendo que o operário deve ser absolvido, vai recorrer da sentença.

Os próximos julgamentos estão marcados para Setembro, envolvendo pessoas da Comarca de Aiaraldea (País Basco) que apoiaram os trabalhadores em greve e que incorrem em penas de quatro anos e sete meses de cadeia.

Outros dois casos que envolvem a greve dos trabalhadores da Tubacex ainda não têm data marcada.

O sindicato LAB denunciou a «criminalização» do protesto, sublinhando que as pesadas penas solicitadas são uma forma de tentar «meter medo e evitar que em lutas futuras os trabalhadores recebam apoio da população».

Multas por causa da Lei da Mordaça

Os sindicatos solicitam a absolvição de todos os incriminados, que, além das penas de prisão a que fazem frente, ainda têm de lidar com várias multas aplicadas no âmbito da Lei da Mordaça – a tal a que o governo espanhol progressista ia pôr fim, mas não o fez.

Entre elas, refere o portal naiz.eus, contam-se multas de 3000 euros impostas pela Polícia Municipal de Laudio e outras, no valor de vários milhares de euros, como consequência das queixas interpostas pela Ertzaintza, a Polícia autonómica.

Na nota de hoje, o ELA afirma que «estes processos judiciais e a tentativa de criminalizar a luta dos trabalhadores têm de acabar já».

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui