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«A silicose mata», alerta renovado em Vigo

Centenas de delegados da Confederação Intersindical Galega (CIG) mobilizaram-se esta semana, no contexto de uma campanha que visa alertar para o impacto da silicose na saúde de milhares de trabalhadores.

Nas ruas de Vigo, a CIG sublinhou que «a silicose mata» e denunciou responsabilidades
Nas ruas de Vigo, a CIG sublinhou que «a silicose mata» e denunciou responsabilidades Créditos / CIG

Com a campanha, lançada pela federação de Construção da CIG, pretende-se também denunciar que as «mútuas» – associações com estatuto de colaboradoras com a Segurança Social espanhola – estão a defraudar o sistema público de protecção social, ao não reconhecerem que a silicose é uma doença profissional e, dessa forma, ao não assumirem as despesas relacionadas com o tratamento da doença, noticia a estrutura sindical no seu portal.

A manifestação realizada esta semana em Vigo arrancou precisamente das instalações de uma das «mútuas» (MAZ), para sublinhar o papel que estas assumem na problemática, e terminou frente à delegação da Xunta da Galiza, que, acusa a CIG, olha para o lado enquanto a Segurança Social é defraudada, uma vez que tem assumir as despesas decorrentes dos cuidados prestados a doentes a quem não foi reconhecida uma doença profissional.

Ao longo da manifestação e em frente à sede do governo autonómico na maior cidade galega, ouviram-se palavras de ordem a alertar que «a silicose mata», bem como a defender o direito ao trabalho e à saúde.

Plácido Valencia, responsável da CIG-Construção, falou no final da mobilização de dia 5, tendo chamado a atenção para os problemas físicos que sofrem muitos trabalhadores do sector das pedreiras e derivados – como consequência da exposição prolongada ao pó de sílica – e lembrado que a CIG anda há 20 anos a lutar pela melhoria das suas condições de trabalho, exigindo, nesse sentido, uma maior intervenção da parte das várias entidades administrativas.

A central sindical exige o reconhecimento desta doença profissional que, na Galiza, afecta pelo menos 700 trabalhadores – os que foram diagnosticados nos últimos dez anos pelo Instituto Nacional de Silicose, com sede em Oviedo (Astúrias). Além disso, reivindica a criação de coeficientes de redução da idade da reforma, bem como a promoção da saúde e segurança laboral no sector.

Um caso recente

Quanto ao papel das «mútuas», Valencia referiu-se a um caso recente de que a central sindical teve conhecimento, o de um trabalhador do Porrinho (Comarca de Vigo) que foi fazer exames médicos à MAZ, onde supostamente nada lhe foi detectado. Como se sentia mal, uns meses depois foi a Oviedo fazer exames e, ali, foi-lhe diagnosticada silicose no estágio mais grave e perigoso da doença.

Para o dirigente sindical, estas situações ocorrem porque as «mútuas» continuam a recusar-se a reconhecer que a silicose é uma doença causada pela actividade profissional, provocada pela inalação de pó – nas minas ou nas pedreiras –, pelo que é a Segurança Social que tem de suportar os custos da doença, quando deviam ser as «mútuas». «Por isso dizemos que é uma fraude», frisou.

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