A votação decorreu na sessão plenária da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo, e foi feita por escrutínio secreto, num total de 394 votos a favor, 206 contra e 49 abstenções.
Esta era uma notícia aguardada desde que a comissão parlamentar dos Assuntos Económicos e Monetários, que ouviu a responsável no início deste mês, recomendou ao plenário do Parlamento Europeu parecer favorável à nomeação de Christine Lagarde para a presidência do BCE.
A imprensa destaca sobretudo o facto de Lagarde ser a primeira mulher a assumir a presidência do BCE, depois de ter sido também a primeira mulher na liderança do Fundo Monetário Internacional (FMI). Porém, tanto para os portugueses como para outros povos da Europa que foram alvo dos chamados «resgates» da troika (com resultados arrasadores nos planos social e económico), é fácil concluir que, para a agenda neoliberal, pouco importa a igualdade de género.
No passado mês de Abril, a ex-directora-geral do FMI afirmou que Portugal «não pode relaxar ou aproveitar os seus louros» e que «tem de manter o rumo», depois de ter mostrado aos ditos mercados financeiros que era capaz de descer o défice e inverter o rumo da dívida pública, relevando o facto de para tal se terem sacrificado os salários e o emprego.
A nova presidente do BCE sucede a Mario Draghi, que deixa o cargo no dia 31 de Outubro, devendo tomar posse no dia 1 de Novembro.
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