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Quase 360 trabalhadores da Unrwa mortos na agressão israelita a Gaza

A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (Unrwa) perdeu perto de 360 dos seus trabalhadores na Faixa de Gaza em virtude da ofensiva israelita contra o território, denunciou o organismo.

Um funcionário da Unrwa com uma criança ao colo num abrigo do campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza, em Março de 2025 Créditos / PressTV

«Ao assinalarmos o Dia Mundial da Ajuda Humanitária, presto homenagem aos nossos funcionários da linha da frente em Gaza», escreveu esta terça-feira na sua conta de Twitter (X) o comissário-geral da Unrwa, Philippe Lazzarini.

Destacando o elevado preço que os trabalhadores da agência pagaram desde o início da guerra, Lazzarini afirmou que perto de 360 foram mortos – vários quando estavam de serviço –, centenas foram feridos e quase 50 foram detidos, alguns dos quais sofreram torturas antes de serem libertados.

«No entanto, os nossos trabalhadores não desistem, apesar do inferno que vivem diariamente», frisou.

Lazzarini também homenageou «as equipas da Unrwa na região que continuam a prestar serviços, especialmente educação e cuidados de saúde primários, no meio de imensos desafios e contra todas as adversidades».

«Enquanto a Unrwa enfrenta ameaças existenciais, as nossas equipas agem pela Humanidade» e «merecem apoio, respeito e admiração», declarou o comissário em alusão às medidas impostas por Israel contra a agência da ONU.

Disse ainda que os trabalhadores «estão empenhados em continuar a sua missão até que seja encontrada uma solução justa para a situação dos refugiados palestinianos, até que o conflito que dura há décadas termine finalmente por meios diplomáticos e pacíficos».

Mais um jornalista morto pela ocupação

Wafa e PressTV noticiaram esta terça-feira a morte do jornalista Islam al-Kumi num bombardeamento israelita contra o bairro de Sabra, na Cidade de Gaza, no dia anterior.

Pelo menos outras três pessoas faleceram no local e há ainda registo de vários feridos, referem as fontes, que apontam para mais de 230 jornalistas e trabalhadores da imprensa mortos no enclave pelas forças de ocupação desde Outubro de 2023.

A PressTV destaca ainda o facto de terem sido descobertos os restos mortais da jornalista Marwa Musallam, que ficou soterrada sob os escombros, na sequência de um bombardeamento israelita contra a Cidade de Gaza, a 5 de Julho último.

A Al Jazeera também destaca o caso de Musallam, uma vez que esta se encontrava viva sob os escombros e gritou por ajuda, sem que a ocupação permitisse a aproximação das equipas de socorro. Os seus restos mortais foram encontrados esta segunda-feira, 45 dias depois do ataque.

Com os casos de morte por fome e problemas relacionados também a aumentarem, em virtude do bloqueio imposto pelas forças sionistas, a Wafa refere que, desde Outubro de 2023, pelo menos 62 122 pessoas foram mortas no enclave e 156 758 ficaram feridas.

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