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|Síria

Protestos na Síria contra planos israelitas nos Montes Golã ocupados

Em várias cidades sírias houve manifestações de repúdio pelas «medidas arbitrárias» tomadas contra os habitantes dos Montes Golã, ocupados por Israel desde 1967.

Solidariedade na Síria com os compatriotas nos Montes Golã ocupados, que estão a resistir aos projectos expansionistas de Israel 
Solidariedade na Síria com os compatriotas nos Montes Golã ocupados, que estão a resistir aos projectos expansionistas de Israel Créditos / Prensa Latina

Em Damasco, frente ao gabinete das Nações Unidas, centenas de pessoas, em que se incluíam representantes de partidos e figuras públicas, juntaram-se para denunciar a acção dos ocupantes israelitas e o seu novo projecto de construção de turbinas eólicas em terras agrícolas da população que vive nos Montes Golã.

Segundo refere a agência Prensa Latina, houve também concentrações nas províncias de Sweida, Daraa, Damasco Rural, Hasakah e Quneitra, em solidariedade com os habitantes dos Montes Golã e de louvor à «sua resistência inflexível» face às forças israelitas.

Por seu lado, a Assembleia Popular da Síria emitiu um comunicado em que destaca a ligação dos habitantes do Golã à sua terra e a sua rejeição do novo projecto de Telavive, que inclui a construção de um parque eólico com 46 turbinas.

População nos Montes Golã ocupados durante a jornada de «greve e ira», a 21 de Junho de 2023 / Sana

Os sírios nos Montes Golã ocupados realizaram ontem aquilo que designaram como jornada de «greve e ira» contra novas «medidas arbitrárias e discriminatórias» por parte das autoridades da ocupação, com vista a construir quase meia centena de turbinas eólicas nas suas terras agrícolas, usando argumentos «greenwashing» (a desculpa do verde).

No contexto da jornada de luta, pelo menos 50 pessoas ficaram feridas e dez foram detidas pelas tropas israelitas, esta quarta-feira, na aldeia de Masaada e região de Hafayer, onde Israel pretende levar a cabo o seu plano expansionista, apreendendo mais de 600 hectares de terra.

As forças israelitas, que usaram bombas de gás lacrimogéneo e disparam tiros contra os agricultores que fizeram frente às máquinas, encerraram todas as estradas que davam acesso a esta aldeia e começaram a arrasar as terras, refere a Sana.

Israel ocupou os Montes Golã em 1967, no contexto da Guerra dos Seis Dias, que também levaria à ocupação da Faixa de Gaza, da Margem Ocidental e de Jerusalém Oriental, na Palestina.

No território, que foi formalmente anexado em 1981 – passo nunca reconhecido pela comunidade internacional –, vivem cerca de 23 mil drusos sírios, que enfrentam constantes ameaças de expulsão, deslocamentos forçados e apreensão de terras devido aos planos de expansão israelitas.

Em 2019, a administração norte-americana, então formalmente liderada por Donald Trump, reconheceu a soberania israelita sobre os Montes Golã, numa clara violação da Resolução 497 de 1981 do Conselho de Segurança da ONU, adoptada por unanimidade, que rejeita categoricamente a ocupação israelita.

Em Dezembro de 2021, o então primeiro-ministro israelita, Naftali Bennet, anunciou a intenção de duplicar o número de colonos ilegais no território ocupado. «Este é o nosso momento. Este é o momento dos Montes Golã», disse Bennet.

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