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|Sri Lanka

Primeiro-ministro do Sri Lanka demite-se no meio de grande agitação social

O primeiro-ministro demitiu-se esta segunda-feira, poucas horas depois de apoiantes seus terem atacado, em Colombo, manifestantes que protestavam contra o governo. Há registo de 7 mortos e 230 feridos.

Manifestantes protestam junto ao gabinete presidencial, em Colombo 
Manifestantes protestam junto ao gabinete presidencial, em Colombo Créditos / dailymirror.lk

A demissão de Mahinda Rajapaksa, irmão do presidente Gotabaya Rajapaksa, teve lugar esta segunda-feira, 9 de Maio, depois de semanas de grandes protestos anti-governamentais no país do Sul da Ásia.

Nas horas que antecederam a demissão, vários episódios de violência tiveram lugar na ilha, relacionados com provocações de apoiantes do clã Rajapaksa. Pelo menos três pessoas foram mortas e só em Colombo, a maior cidade do país, registaram-se mais de 150 feridos, segundo refere o portal Peoples Dispatch.

Várias fontes, incluindo o portal indiano Newsclick, referem que uma multidão de apoiantes do primeiro-ministro e do presidente se dirigiu para um local onde se encontravam acampados manifestantes em protesto contra o governo cingalês, tendo destruído tendas e espancado várias pessoas à paulada.

Como retaliação, em vários pontos do país foram atacados membros e dirigentes no partido no poder, foram incendiadas viaturas e casas, incluindo a residência ancestral do primeiro-ministro, em Kurunegala. Como resultado da violência, dos confrontos e da repressão policial, há um registo preliminar de sete mortos e mais de 230 feridos. segundo referem as agências.

Apesar do recolher obrigatório declarado pelas autoridades, que se deve prolongar até quarta-feira, e do destacamento de tropas do Exército, ontem milhares de pessoas voltaram para as ruas em protesto contra as políticas do governo, que os manifestantes acusam de inépcia ao lidar com a pior crise económica que o país enfrenta desde a independência, em 1948.

Desde o início de Abril que trabalhadores e populações se manifestam nas ruas exigindo a demissão do primeiro-ministro Mahinda e do presidente Gotabaya, num contexto de estados de emergência decretados para proteger a «segurança pública» e defender a «ordem pública», e com a crise económica a agudizar-se.

Sem divisas externas, há vários meses que o país não consegue pagar as importações de bens essenciais, como alimentos, combustíveis e medicamentos, gerando situações de grave escassez, preços muito elevados e cortes prolongados de energia.

A aproximação do governo ao Fundo Monetário Internacional (FMI) não foi do agrado da população, que exige igualmente a demissão do presidente, o irmão mais novo dos Rajapaksa.

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