Num comunicado emitido sexta-feira à tarde, o Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros pediu ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que active prontamente o sistema de protecção internacional para os civis palestinianos sob ocupação israelita.
O ministério – noticia a agência WAFA – expressa grande preocupação com a escalada de ataques por parte de colonos israelitas contra a população palestiniana, referindo-se em particular aos que ocorreram nas aldeias de Qaryout e Burqa, no Norte da Cisjordânia, e no Bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada, que provocaram dezenas de feridos.
A violência de colonos contra civis palestinianos na Cisjordânia ocupada aumentou de forma substancial nos últimos meses, numa «atmosfera de impunidade», afirmaram especialistas dos direitos humanos da ONU. «Em 2020, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) documentou 771 incidentes de violência de colonos, que provocaram ferimentos em 133 palestinianos e danos em 9646 árvores e 184 viaturas, sobretudo nas áreas de Hebron (al-Khalil), Jerusalém, Nablus e Ramallah», disseram os especialistas da ONU, num comunicado publicado esta quarta-feira. «Já nos primeiros três meses de 2021, foram registados mais de 210 incidentes violentos de colonos, provocando uma vítima mortal palestiniana», acrescentaram, citados pela WAFA, tendo sublinhado que as autoridades israelitas deviam «investigar e processar judicialmente estas acções violentas com vigor e determinação». O grupo de especialistas que elaboraram o relatório incluiu Michael Lynk, relator especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos nos territórios ocupados da Palestina desde 1967, Balakrishnan Rajagopal, relator especial sobre habitação e condições de vida adequadas, e direito à não discriminação neste contexto, e a especialista independente Claudia Mahler. De acordo com o relatório, a violência dos colonos tem motivação ideológica e visa, antes de mais, apropriar-se da terra, mas igualmente «intimidar e aterrorizar» os palestinianos. Além de vincar a presença e a expansão dos colonatos israelitas, para estabelecer pretensões ilegais da soberania de Israel, a violência dos colonos pretende tornar o dia a dia dos palestinianos insuportável, afirmaram. Os especialistas destacaram que «os limites dos ataques contra todas as categorias de palestinianos estão a ser apagados», tendo registado casos de violência contra mulheres grávidas, crianças pequenas e pessoas idosas. Referiram-se em particular ao incidente ocorrido em Hebron (al-Khalil) no passado dia 13 de Março, quando dez colonos israelitas, alguns dos quais armados, atacaram uma família palestiniana – pais e oito crianças. Estas ficaram «traumatizadas» e os pais tiveram de ser hospitalizados. De acordo com as autoridades palestinianas, os colonos israelitas estão a constituir células terroristas na Margem Ocidental ocupada para realizar ataques contra a população civil. Ghassan Daghlas, funcionário da Autoridade Palestiniana que monitoriza as actividades de expansão dos colonatos, alertou que os colonos extremistas que integram o grupo terrorista Price Tag [Preço de Etiqueta] estão a operar actualmente na província de Salfit, no Norte da Cisjordânia ocupada, noticiou a agência WAFA esta segunda-feira. Acrescentou que as suas «acções de terror» têm lugar sobretudo em localidades da parte ocidental dessa província, como Kufr al-Dik, Deir Ballut, Broqin e Bidya. No domingo à tarde, disse, um habitante de Kufr al-Dik foi atacado por um grupo de colonos. Há alguns meses, outros dois foram feridos a tiro quando se encontravam nas suas terras, na área de Khallet Hassan, a oeste de Bidya, acrescentou. O Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros denunciou o aumento de ataques perpetrados por colonos israelitas contra terras e propriedades palestinianas na Margem Ocidental ocupada. «O aumento do número de ataques por organizações de colonatos contra os palestinianos é um resultado directo do encorajamento que recebem dos líderes políticos em Israel», afirmou o Ministério num comunicado emitido este domingo. O documento, citado pela PressTV, acrescenta que «Israel procura intimidar os palestinianos e impedi-los de aceder às suas terras marcadas», em alusão às tentativas de Israel de se apoderar e anexar as terras palestinianas, com o objectivo de expandir os colonatos ilegais. Neste contexto, a diplomacia palestiniana pediu à comunidade internacional que condene os crimes que estão a ser cometidos pelos colonos e as forças militares israelitas, e manifestou a necessidade de obrigar Telavive a obedecer às resoluções pertinentes da ONU, sobretudo a resolução 2334, aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) em Dezembro de 2016. O comunicado do Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros foi emitido umas horas depois de um grupo de colonos israelitas ter danificado cerca de duas dezenas de viaturas – partindo-lhes os pára-brisas – na cidade palestiniana de Huwara, perto de Nablus, no Norte da Cisjordânia ocupada. Ghassan Daghlas, funcionário da Autoridade Palestiniana que monitoriza as actividades de expansão dos colonatos, afirmou que os israelitas atacaram as viaturas com pedras e acrescentou que, quando os residentes tentaram defender-se dos colonos, estes dispararam de forma indiscriminada contra os palestinianos. Até ao momento, não há registo de feridos entre os civis palestinianos. Cerca de 600 mil israelitas vivem em mais de 230 colonatos construídos desde 1967 nos territórios palestinianos ocupados da Cisjordânia e Jerusalém Oriental – todos eles considerados ilegais à luz do direito internacional. A cerca de um mês da tomada de posse do actual presidente norte-americano, Donald Trump, o CSNU aprovou a resolução 2334, na qual se afirmava que «a criação por Israel de colonatos no território palestiniano ocupado desde 1967, incluindo Jerusalém Oriental, não tem validade legal e constitui uma violação flagrante do direito internacional». Mas a agressividade expansionista de Israel tem-se intensificado nos últimos anos, sob o impulso de Netanyahu e com o apoio da administração dos EUA, que reconheceu Jerusalém como capital de Israel e para ali mudou a sua embaixada; deixou de classificar como «ilegais» os colonatos israelitas; e traçou o chamado «Acordo do Século» – em estreita cooperação com Israel. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Colonos israelitas atacaram ainda uma família na aldeia de Broqin e destruíram a sua viatura, há algumas semanas, tendo também atacado agricultores na zona de al-Ras e al-Marhat, a oeste da cidade de Salfit. A isto, há que juntar provocações semanais em locais islâmicos em Kufl Haris, a noroeste da cidade, informa a agência. «Os ataques dos colonos aumentaram desde o início do ano e tornaram-se diários, e isso exige aos residentes em Salfit e cidades envolventes que estejam vigilantes, atentos e formem comités de protecção nas cidades e nas aldeias», disse Daghlas. O funcionário governamental acrescentou que «terrorismo recente em Salfit mostra que os colonos estão a planear acções criminosas contra civis», algo que, em seu entender, fica claro no padrão mais recente da violência, que «passou do vandalismo contra árvores e propriedades para ataques a pessoas». Ainda na segunda-feira, foram registadas novas acções de vandalismo de colonos israelitas em zonas agrícolas próximas de Salfit. Já esta terça-feira, dezenas de colonos invadiram um sítio arqueológico perto de Nablus, com a protecção das forças militares israelitas, que vedaram o acesso dos palestinianos ao local. Estas invasões de colonos e soldados, nota o Palestinian Information Center, são frequentes, com base no argumento de se que trata de um local judaico. Até 1948, na época do mandato britânico, os judeus ocupavam ou exploravam 1682 quilómetros quadrados ou 6,2% das terras da Palestina Histórica. Desde então, Israel ocupou à força mais de 85% dessa área, revelou esta terça-feira o Gabinete Central de Estatísticas da Palestina, por ocasião do 45.º aniversário do Dia da Terra. Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental ocupada, forças israelitas demoliram ou confiscaram 89 estruturas palestinianas em duas semanas, revelou o Gabinete para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU. No seu recente relatório quinzenal, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA, na sigla em inglês) registou a demolição ou a apreensão de 89 estruturas, deixando 146 pessoas desalojadas, incluindo 83 menores, e afectando pelo menos mais 330. Neste relatório sobre «Protecção de Civis», que abrange o período entre 2 e 15 de Fevereiro, o organismo das Nações Unidas diz que, nos dias 3 e 8, as autoridades israelitas demoliram 37 estruturas na aldeia de Humsa al-Buqaia, no Vale do Jordão, desalojando 60 pessoas,incluindo 35 menores, informa a agência WAFA. Em Hebron (al-Khalil), as forças israelitas confiscaram sete estruturas nas comunidades de al-Rakeez, Umm al-Kheir e Khirbet at-Tawamin, afectando as condições de vida e o sustento de 80 pessoas. Em Jalama, perto de Jenin, o Exército israelita demoliu 13 bancas para vender bebidas, afectando o meio de subsistência de cerca de 70 pessoas. Também nas imediações de Jenin, na aldeia de Tura al-Gharbiya, as forças israelitas demoliram uma casa, desalojando 11 pessoas. Tratou-se de um castigo contra a família de um preso palestiniano acusado de ter morto um colono israelita em Dezembro último. A mesma fonte refere que sete estruturas foram demolidas em Jerusalém Oriental ocupada, quatro das quais foram deitadas abaixo pelos próprios proprietários, para evitarem pagar multas e custos de demolição impostos por Israel. Uma família de quatro ficou sem tecto. As autoridades israelitas costumam demolir as casas e estruturas de palestinianos nos territórios ocupados argumentando que foram construídas sem a autorização necessária, que é praticamente impossível de obter. Fontes do Ministério palestiniano da Agricultura são citadas no relatório ao apontarem que as forças de ocupação arrancaram mil rebentos de árvores perto da cidade de Tubas, que tinham sido plantados depois de o Exército israelita ter cortado milhares de árvores na mesma região. Ainda de acordo com o relatório, 71 palestinianos ficaram feridos, no período referido de Fevereiro, em confrontos com as forças de ocupação em toda a Margem Ocidental ocupada, e 172 foram foram detidos em 186 raides levados a cabo pelas forças israelitas. Em resposta a uma iniciativa do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), personalidades representativas de diversos sectores da vida portuguesa subscreveram um apelo à presidência portuguesa do Conselho da União Europeia para que reconheça o Estado da Palestina, «nos termos do direito internacional e das resoluções relevantes das Nações Unidas, e para que desenvolva uma acção junto dos outros estados-membros para que ajam no mesmo sentido», lê-se no portal do MPPM. O texto do «Apelo», com as reivindicações colocadas ao Governo português no sentido de reconhecer o Estado da Palestina e de denunciar a política sistemática de violação do direito internacional por parte de Israel, e a lista dos primeiros subscritores estão igualmente acessíveis no site do organismo solidário português. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. De acordo com o Gabinete, no final de 2020 o número estimado de palestinianos era de 13,7 milhões. Destes, 5,2 milhões viviam no Estado da Palestina e 1,6 milhão nos territórios de 1948 (Israel). Além disso, 6,2 milhões de palestinianos vivem em países árabes, e 738 mil noutros países, revelou a entidade estatística, citada pela WAFA. Na Palestina assinala-se a 30 de Março o Dia da Terra, evocando dessa forma os seis palestinianos que foram mortos pela Polícia israelita, bem como os cerca de cem que ficaram feridos, em 1976, quando protestavam contra os planos do governo israelita de expropriar 21 quilómetros quadrados das suas terras. O Dia da Terra serve igualmente para mostrar a tenacidade do povo palestiniano em preservar a sua história e defender a terra como elemento essencial da sua identidade e da sua própria existência. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «Estamos profundamente preocupados com a atmosfera de impunidade com que estes ataques estão a ser levados a cabo», alertaram, tendo afirmado que, «em muitos casos, as tropas israelitas estiveram presentes, ou nas imediações». Os especialistas de direitos humanos também se mostraram preocupados com a situação de dezenas de famílias residentes no Bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, que estão sob ameaça de despejo, para que ali surjam novos colonatos. «Sete famílias já receberam ordens de despejo e têm de deixar as suas casas até dia 2 de Maio. Estas expulsões forçadas que levam à transferência de população são estritamente proibidas pelo direito internacional», denunciaram. Os relatores apelaram à comunidade internacional que exija à potência ocupante para pôr fim imediato ao seu empreendimento dos colonatos. «Os palestinianos têm de ser protegidos da violência dos colonos e os perpetradores têm de ser responsabilizados pelas suas acções», defenderam. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
ONU alerta para aumento substancial da violência de colonos israelitas
Ataques a famílias, mulheres grávidas, crianças pequenas, idosos
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Colonos estão a formar células terroristas, alerta funcionário palestiniano
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Palestina condena aumento de ataques israelitas na Cisjordânia ocupada
Ataque de colonos em Huwara
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Dia da Terra: Israel ocupou à força mais de 85% da Palestina Histórica
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Israel demoliu 89 estruturas palestinianas em 15 dias, desalojando 146 pessoas
Apelo à presidência portuguesa do Conselho da União Europeia pelo reconhecimento do Estado da Palestina
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Ao executivo israelita, liderado por Naftali Bennett, são apontadas «responsabilidades completas e directas» pela «violência e terror» dos colonos, bem como pelas «perigosas consequências e repercussões da situação para a região».
No mesmo dia, a Presidência palestiniana emitiu um comunicado em que apela à «intervenção rápida da comunidade internacional para travar o terrorismo dos colonos israelitas contra palestinianos indefesos».
O texto sublinha que as autoridades israelitas «encorajam e protegem» a violência dos colonos, que aumenta diariamente, refere a fonte.
Dezenas de colonos israelitas atacaram, sexta-feira de manhã, a aldeia palestiniana de Qaryout, nas imediações de Nablus, deixando várias pessoas feridas e provocando danos materiais.
Em 2019, foram documentados na Cisjordânia ocupada 256 actos de violência contra palestinianos, perpetrados por civis israelitas. As autoridades palestinianas classificam estas acções como «terrorismo». Este número, revelado pelo diário Haaretz com base em fontes oficiais israelitas, refere-se a casos registados este ano. Muitas outras acções de colonos judeus, que atacam e aterrorizam a população civil palestiniana nos territórios ocupados, «ficaram por documentar», destaca num comunicado, hoje emitido, o Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros. Fontes isrealitas contactadas pelo Haaretz afirmaram que houve uma diminuição do número de incidentes violentos relativamente 2018, tendo-se registado, no entanto, um ascenso contínuo dos chamados ataques de «price tag» («etiqueta de preço»), que consistem em vandalizar bens de palestinianos ou pintar graffiti com inscrições de ódio, refere o MPPM no seu portal. Este aumento, associado à maior «gravidade da violência» e à maior «audácia dos responsáveis», faz lembrar a atmosfera que precedeu o fogo posto por colonos israelitas na aldeia de Duma (Cisjordânia ocupada), em Julho de 2015, em que perderam a vida três membros da família Dawabsheh, incluindo um bebé de 18 meses. Nesse ataque, o único sobrevivente foi o filho mais velho, Ahmed, de quatro anos. Um ataque perpetrado recentemente, lembra o MPPM, foi o que ocorreu no bairro de Shoafat, em Jerusalém Oriental ocupada, em que 160 carros apareceram com os pneus furados. «Os veículos foram vandalizados em cinco zonas diferentes, o que implica um grande número de participantes e muito de tempo para perpetrar o crime», explica o organismo solidário português, acrescentando que, em Novembro, diversos carros foram cobertos de inscrições e incendiados em quatro aldeias palestinianas. Os ataques à população palestiniana incluem o corte e a queima de árvores, a apreensão de terras à força, o corte de pneus, acções violentas contra as casas com o propósito de ferir os seus ocupantes, vandalismo de estruturas e equipamentos, destruição de sistemas de água e de estradas, lançamento de pedras contra carros que circulam nas estradas da Margem Ocidental perto dos colonatos, disparos contra pessoas, sobretudo nos pontos de controlo (checkpoints) e com os mais «fracos» pretextos, entre muitas outras coisas, refere o comunicado hoje emitido pelas autoridades palestinianas e citado pela agência Wafa. Dos 256 incidentes violentos documentados em 2019 pelo Haaretz, cerca de 200 dizem respeito ao arranque de árvores e a outros ataques não letais, e um quarto dos ataques foram realizados por elementos do colonato de Yitzhar, que é descrito como «o coração pulsante da extrema direita». O MPPM sublinha que «os colonos atacantes sabem que não têm razões para se preocupar», sendo que muitos dos ataques contra «propriedades agrícolas palestinianas, nomeadamente olivais, são realizados sob os olhos de soldados israelitas, que defendem os atacantes e reprimem os palestinianos que tentam proteger os seus bens». Nos raros casos em que são alvo de uma acção judicial, os judeus que vivem nos colonatos ilegais são julgados ao abrigo do direito israelita. Já os palestinianos, presos às centenas e mortos a tiro ao mínimo pretexto, são acusados de terrorismo e vivem sob a alçada do regime militar israelita em vigor desde a ocupação da Cisjordânia, em 1967. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Ataques dos colonos israelitas na Cisjordânia ocupada são mais violentos
Conivência das forças israelitas e impunidade
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Ghassan Daghlas, funcionário da Autoridade Palestiniana que monitoriza as actividades de expansão dos colonatos, disse à WAFA que os colonos entraram em muitas casas e atacaram as famílias que lá viviam. Os feridos – alguns com gravidade – tiveram de ser levados para diversos hospitais em Nablus.
Entre quinta e sexta-feira, a WAFA registou ainda ataques de colonos extremistas em Burqa, al-Khalil (Hebron) e Jenin.
Mais de 600 mil israelitas vivem colonatos só para judeus, construídos desde 1967, em Jerusalém Oriental e na Margem Ocidental ocupada. Todos os colonatos israelitas são considerados ilegais à luz do direito internacional.
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