A «preocupação» foi expressa numa declaração ontem emitida pelo Coordenador Especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Médio Oriente, Tor Wennesland. «Apelo a Israel que cesse as demolições e os despejos, de acordo com as suas obrigações ao abrigo do direito humanitário internacional», disse Wennesland, citado pela agência WAFA.
As forças israelitas têm estado a demolir casas e estruturas de palestinianos em Sheikh Jarrah, para que ali nasça um novo colonato judeu. Pelo menos 28 famílias correm o risco de expulsão.
Entretanto, o Supremo Tribunal israelita adiou a deliberação sobre a execução do despejo de várias famílias para dia 10 de Maio, depois de quatro das famílias de Sheikh Jarrah terem interposto um recurso contra a decisão que as obrigava a chegar a um acordo com os colonos, na medida em que, se o fizessem, estariam a «validar as suas exigências», refere a WAFA.
Wennesland manifestou ainda «profunda preocupação» com aquilo que designou como «escalada de tensões e violência» na Margem Ocidental ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, desde o início do Ramadão.
O funcionário referiu que só nos últimos dias dois palestinianos – uma mulher e uma criança – foram mortos pelas forças de ocupação israelitas no contexto de ataques ou confrontos. «Se não for abordada, a situação pode entrar numa espiral sem controlo», alertou.
Forças israelitas mataram jovem de 16 anos em Nablus
Foi ontem a enterrar o adolescente palestiniano Said Odeh, que as tropas israelitas mataram no dia anterior, com dois tiros nas costas, segundo fontes oficiais palestinianas. O jovem de 16 anos foi atingido durante confrontos na aldeia de Odla, a sul de Nablus, na sequência de um raide das forças israelitas.
Estas impediram uma ambulância de alcançar Odeh pelo menos durante 15 minutos e o jovem foi declarado morto à chegada ao hospital, referiu o Ministério palestiniano da Saúde.
A Presidência da Palestina condenou aquilo que classificou como «execução extrajudicial de um adolescente», no contexto da política israelita de «punição colectiva contra a população árabe».
O comunicado, a que a WAFA faz referência, insta a comunidade internacional e o Conselho de Segurança da ONU a proteger o povo palestiniano «para o salvar das autoridades de ocupação israelitas».
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