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«Os palestinianos em Gaza não podem ficar sozinhos»

A afirmação é da FPLP, que, em comunicado, lança um apelo urgente aos «amigos da Palestina» para que se mobilizem em apoio a Gaza neste momento crítico, em que é novamente bombardeada por Israel.

Fumo e fogo são visíveis no céu de Rafah (Sul da Faixa de Gaza cercada), após um ataque aéreo das forças israelitas no dia 12 de Novembro
Fumo e fogo são visíveis no céu de Rafah (Sul da Faixa de Gaza cercada), após um ataque aéreo das forças israelitas no dia 12 de NovembroCréditos / hamodia.com

A operação em curso das forças israelitas contra a Faixa de Gaza cercada é, para a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), «uma tentativa de anular os resultados alcançados com a Grande Marcha do Retorno», no decorrer da qual, desde 30 de Março, «milhares de palestinianos em Gaza têm exigido o reconhecimento do direito a regressar [a suas casas] e a quebrar o bloqueio».

Num documento emitido esta segunda-feira, a organização palestiniana lembra a repressão sofrida pelos participantes nas mobilizações da Grande Marcha do Retorno, bem como as inúmeras agressões militares perpetradas por Israel contra o povo e a resistência palestiniana em Gaza, para além das guerras de 2009, 2012 e 2014, no contexto do bloqueio «brutal e incessante» a que o território é submetido há mais de 11 anos.

No entanto, «apesar de todas estas agressões, o povo palestiniano em Gaza continua empenhado na resistência» e «não pode ser deixado sozinho», sublinha o texto, acrescentando que o ataque em curso não é levado a cabo «apenas pelos ocupantes israelitas, mas também por potências imperialistas como os Estados Unidos, a França e o Reino Unido, que armam até aos dentes e apoiam o Estado racista e colonianista».

Igualmente «cúmplices neste massacre» são, afirma, «os regimes reacccionários árabes que conspiram para desmantelar os direitos e a existência dos palestinianos», enquanto levam a «destruição e a morte ao Iémen».

Gaza sob ataque desde domingo

Forças militares israelitas penetraram em Gaza num carro civil no domingo à noite, levando a cabo uma operação para matar um comandante da ala militar do Hamas, perto da cidade de Khan Younis.

As Brigadas Al-Qassam confirmaram a morte do comandante Nour Baraka e informaram que o carro em que seguiam os elementos das forças especiais israelitas, sob disfarce, foi perseguido de imediato. Na troca de tiros que se seguiu foram mortos mais seis elementos da resistência palestiniana e um oficial das forças ocupantes.

Ontem, o Exército israelita levou a cabo dezenas de ataques em Gaza, tendo destruído o prédio onde estava sediada a estação de TV Al-Aqsa, ligada ao Hamas, e atingido outros edifícios próximos.

Esta madrugada, as forças israelitas prosseguiram os ataques aéreos em vários pontos da Faixa de Gaza. De acordo com o Ministério palestiniano da Saúde no território, pelo menos seis pessoas foram mortas nas últimas 12 horas e mais de 20 ficaram feridas nestes ataques.

As autoridades israelitas alegam que estão a agir de forma retaliatória, depois de o Hamas ter lançado centenas de rockets para várias localidades israelitas próximas de Gaza, segundo refere a Ma'an.

Por seu lado, a resistência palestiniana afirmou que o lançamento de rockets foi uma resposta à incursão israelita, no domingo, em Khan Younis e avisou que, se a agressão israelita prosseguir e se intensificar, irá «aumentar o poder de fogo», de modo a atingir localidades israelitas mais distantes de Gaza, indica a PressTV.

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