As autoridades israelitas demoliram, forçaram os palestinianos a demolir ou apreenderam 23 estruturas propriedade de palestinianos na Margem Ocidental ocupada no mês de Abril, segundo um relatório publicado pelo Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).
Tal resultou na expulsão de 13 pessoas, incluindo nove crianças, e afectou o sustento e o acesso a serviços de outras 100, revelou a agência das Nações Unidas, sublinhando que todas as estruturas se encontravam na chamada Área C da Cisjordânia ocupada (sob total controlo de Israel) e que foram visadas devido à falta de autorizações de construção, quase impossíveis de obter pelos palestinianos.
O número de estruturas visadas pelos israelitas só no mês Abril até é o segundo mais baixo deste ano; no entanto, indica a agência WAFA, no final do quadrimestre o número é 90% superior ao registado em igual período de 2020 (316 vs. 166) e 129% maior no que respeita a estruturas fornecidas como ajuda humanitária (110 vs. 48).
Israel quer demolir dez casas perto de Ramallah, mesmo havendo autorizações
As autoridades de ocupação israelitas emitiram, esta segunda-feira, ordens de demolição contra dez casas nas aldeias de Ni'lin e Deir Qaddis, nas imediações da cidade de Ramallah, apesar de os proprietários possuírem autorizações de construção, noticia a WAFA.
Emad Khawaja, chefe do conselho da aldeia de Ni'lin, disse à agência que os proprietários das casas sob ameaça de demolição detêm autorizações de construção palestinianas e legais, uma vez que a terra onde a construção ocorreu está sob jurisdição civil da Autoridade Palestiniana.
No entanto, revelou Khawaja, Israel alega que as casas foram construídas perto do muro de separação que aparta as terras dos palestinianos dos colonatos ilegais israelitas.
Além disso, fontes locais disseram que Israel planeia construir um novo posto avançado para colonos judeus em terras que são propriedade de palestinianos. Pelo menos três colonatos ilegais israelitas foram construídos em terras expropriadas a habitantes destas duas aldeias e de outras na mesma zona, no Centro na Cisjordânia ocupada.
Mais de 600 mil israelitas vivem em mais de 230 colonatos construídos nos territórios ocupados da Margem Ocidental e de Jerusalém Oriental desde 1967. Todos são considerados ilegais à luz do direito internacional.
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