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|despedimento colectivo

Não aparece no wrapped: Spotify anuncia que vai despedir 1500 trabalhadores

Longe dos holofotes dos tops musicais, a Spotify anunciou que irá despedir 1500 trabalhadores por causa de um abrandamento «dramático» do crescimento económico. É o correspondente a 17% da força de trabalho da empresa e foi anunciado por carta. 

Todos os anos, milhões de utilizadores da aplicação de streaming musical esperam por Dezembro para ter acesso aos seus tops musicais e artistas mais ouvidos. A funcionalidade, só acessível a quem paga, é rapidamente partilhada nas várias redes sociais. A empresa tem assim uma enorme projecção e são feitas odes à mesma.

Para além do mediatismo há, no entanto, uma obscura realidade. Já era conhecido que os artistas que metem as suas músicas na plataforma pouco ou nada ganham monetariamente com o seu trabalho, sendo que a empresa ganha bastante. Mas a questão vai mais longe e passa também pelos trabalhadores. Parece que a Spotify vai despedir 1500 trabalhadores.

Quem o confirmou foi CEO, Daniel Ek, numa carta dirigida aos trabalhadores que só demonstra o claro desrespeito que a administração tem por quem mete a plataforma a funcionar. Na carta pode ler-se o seguinte: «Para alinhar o Spotify com os nossos objetivos futuros e garantir que estamos adequadamente dimensionados para os desafios que se avizinham, tomei a difícil decisão de reduzir o nosso número total de efetivos em toda a empresa em cerca de 17%».

É importante recordar que segundo os dados divulgados, a empresa sueca anunciou um lucro operacional no terceiro trimestre deste ano de 32 milhões de euros. É por esta mesma razão que Daniel Ek disse estar «consciente de que, para muitos, uma redução desta magnitude pode ser uma surpresa, dado o recente relatório de ganhos positivos e o nosso desempenho».

Vale tudo nas multinacionais, principalmente brincar com a vida de quem trabalha. É que em 2020 e 2021 a empresa tinha aumentado o número de trabalhadores, mas no início de 2023 começaram os despedimentos, com  600 trabalhadores a perderem os seus postos de trabalho. Agora, na carta já mencionada consta que há «um ambiente muito diferente» dos anos supracitados. A busca incessante de objectivo que agradem aos accionistas é o mais importante e por isso é que o CEO, falando na primeira pessoa do plural, disse que «apesar dos nossos esforços para reduzir os custos no ano passado, a nossa estrutura de custos para atingir os nossos objetivos ainda é demasiado elevada». 

Parece que se Daniel Ek fizer o seu top anual, o seu top 5 mais ouvido serão: despedimentos, a não remuneração de artistas, a obtenção de lucro a todo o custo, desrespeito por quem trabalha e ausência de vergonha.

 

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