Em comunicado enviado à imprensa e divulgado nas redes sociais, a Frente Marroquina de Apoio à Palestina e contra a Normalização apelou à mobilização de todos em frente ao Parlamento.
O que está em causa, segundo o documento, é manifestar a solidariedade com o povo palestiniano e denunciar a brutalidade da ocupação, exigindo à chamada comunidade internacional que assuma as responsabilidades pelos crimes das forças de ocupação.
Populares e activistas conhecidos pela defesa dos direitos humanos no país juntaram-se numa praça do centro de Rabat, junto ao Parlamento, mostrando bandeiras palestinianas e fotografias dos dez mortos no massacre de Jenin, refere a Al Mayadeen.
O protesto, que também foi convocado pelo Grupo de Acção Nacional pela Palestina, denunciou igualmente a normalização das relações entre o país norte-africano e Israel, no final de 2020.
«Expressamos a nossa rejeição a qualquer forma de normalização [de relações com Israel] e reafirmamos o nosso apoio incondicional à causa palestiniana», lê-se no texto da convocatória, citado pela Prensa Latina.
A concentração em Rabat segue-se a dezenas de mobilizações, em Dezembro último, realizadas em vários pontos do país para denunciar os «crimes de Israel» e o segundo aniversário da «normalização» entre Rabat e Telavive.
Nabila Munib, deputada e dirigente do Partido Socialista Unificado, disse à imprensa que «os crimes de Israel continuam» e que, com a mobilização, se pretendia denunciar esses crimes e a oposição à «normalização dos laços bilaterais entre Marrocos e o Estado sionista».
Na mobilização, as pessoas solidárias com a Palestina afirmaram que «só o ano passado as tropas de ocupação israelitas e os colonos sionistas na Cisjordânia mataram quase três centenas de civis palestinianos».
Alertando para «o extermínio do povo palestiniano», denunciaram que Marrocos é conivente com «os crimes de guerra perpetrados pela entidade sionista» na Palestina.
A concentração solidária em Rabat ocorre num momento de grande tensão nos territórios ocupados da Palestina, com as autoridades israelitas a anunciarem medidas mais restritivas e punitivas para a população na Cisjordânia ocupada.
Nos últimos dias, ocorreram dois ataques militares israelitas à Faixa de Gaza, e há o registo de centenas de ataques e agressões a palestinianos, perpetrados por colonos israelitas.
Outro elemento em destaque é o anúncio da expansão dos colonatos em vários pontos da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental ocupadas, bem como o aumento do número de casos de demolição de casas de palestinianos. As detenções e os raides, levados a cabo pelas tropas israelitas, mantêm-se num registo diário.
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