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Militar norte-americano imolou-se: «não serei cúmplice do genocídio» em Gaza

«Estou prestes a participar num acto extremo de protesto», mas nada que se compare à violência imposta a Gaza, afirmou Aaron Bushnell, militar dos EUA, em frente à embaixada de Israel, antes de atear fogo ao seu próprio corpo.

Judeus ortodoxos participam numa vigília em homenagem a Aaron Bushnell, o militar norte-americano que, no dia 25 de Fevereiro, se imolou em frente à Embaixada de Israel em Washington D.C. em protesto contra o genocídio na Faixa de Gaza. 26 de Fevereiro  
Judeus ortodoxos participam numa vigília em homenagem a Aaron Bushnell, o militar norte-americano que, no dia 25 de Fevereiro, se imolou em frente à Embaixada de Israel em Washington D.C. em protesto contra o genocídio na Faixa de Gaza. 26 de Fevereiro  Créditos / USAToday

«Comparado com o que as pessoas têm vivido na Palestina às mãos dos seus colonizadores», o acto extremo de protesto levado a cabo por Aaron Bushnell, militar norte-americano no activo, membro da Força Aérea, não é «nada extremo». «Isto é o que a nossa classe dominante decidiu que seria normal», afirmou num livestream (transmissão em directo) na plataforma Twitch, segundos antes de se cobrir com um líquido inflamável e atear fogo ao seu próprio corpo (imagens gráficas).

Enquanto ardia, à porta da Embaixada de Israel em Washington, D.C., Bushnell gritou ainda, seis vezes, «Free Palestine» (Palestina Livre), antes de sucumbir. O militar de 25 anos morreu poucas horas depois, no hospital, ao final do dia 25 de Fevereiro de 2024.

Poucas horas antes do seu último acto de protesto, Aaron Bushnell publicou um comentário a reforçar a sua posição nas suas redes sociais: «Muitos de nós gostamos de nos perguntar: "O que é que eu faria se estivesse vivo durante a escravatura? Ou no Sul de Jim Crow [leis de segregação racial nos EUA]? Ou no apartheid? O que faria se o meu país estivesse a cometer um genocídio? A resposta é: está a fazê-lo. Agora mesmo».

Em resposta à acção do militar, o general Patrick Ryder, porta-voz do Pentágono, lamentando a morte do jovem militar, reafirmou o compromisso dos Estados Unidos da América com «o direito inerente de Israel de se defender», um compromisso «inabalável».

Depois de ter colapsado, ainda em chamas, as forças policiais norte-americanas chegaram ao local e, apontado as suas armas para o corpo inerte de Bushnell, exigiram que o militar se «deitasse no chão». Um dos polícias, eventualmente, gritou para os colegas: «não precisamos de armas, precisamos de extintores de incêndio».

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