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|Uruguai

Marcha do Silêncio em Montevideu exigiu «verdade e justiça»

A marcha, que esta segunda-feira se realizou pela 24.ª vez, é «uma expressão cálida de solidariedade com quem sofreu e ainda sofre as consequências da barbárie do terrorismo de Estado».

Milhares de pessoas participaram na 24.ª Marcha do Silêncio, em Montevideu
Milhares de pessoas participaram na 24.ª Marcha do Silêncio, em Montevideu Créditos / radiouruguay.uy

Apesar da chuva intensa na capital uruguaia, dezenas de milhares de pessoas participaram, esta segunda-feira, na Marcha do Silêncio, voltando a reclamar «verdade» e a exigir «justiça» para os desaparecidos na ditadura (1973-1985).

A edição número 24 da marcha, que se realizou pela primeira vez em 1996, teve como lema «Digam-nos onde estão! Contra a impunidade de ontem e de hoje!». Organizada pela associação Mães e Familiares de Uruguaios Detidos e Desaparecidos, a Marcha do Silêncio também tem lugar noutros pontos do país austral e evoca os assassinatos, perpetrados a 20 de Maio de 1976 em Buenos Aires, do senador da Frente Ampla Zelmar Michelini, do deputado do Partido Nacional Héctor Gutiérrez Ruiz e de Rosario Barredo e William Whitelaw, bem como o desaparecimento do comunista Manuel Liberoff, a 19 de Maio de 1976, também na capital argentina.

Como noutras ocasiões, milhares de uruguaios juntaram-se na Avenida Rivera, na esquina com a Jackson, onde se encontra o Monumento aos Detidos Desaparecidos da América Latina, seguindo depois pela Avenida 18 de Julho, até chegar à Praça da Liberdade, indica o portal lr21.com.uy.

«Um abraço a todos os nossos desaparecidos»

«É acima de tudo um abraço a todos os nossos desaparecidos», disse sobre a mobilização a associação que a promoveu. Em comunicado, a Mães e Familiares de Uruguaios Detidos Desaparecidos afirma que a marcha «expressa o repúdio mais enérgico pelas atrocidades cometidas, tristemente reivindicadas não apenas pelos seus executantes, mas também pelos generais e os oficiais actuais, que não temem pela sua honra ao albergar nas suas fileiras tais elementos».

A Marcha do Silêncio constitui um «"não" claro às políticas de esquecimento», declara o organismo, que lembra que «o crime do desaparecimento continua a ser cometido actualmente, constituindo uma ameaça permanente para as novas gerações, que devem viver livres e lutar pelos seus sonhos sem essa carga».

As marchas do silêncio são a expressão da «vontade de milhares de cidadãos em todo o país, que não querem que esta história se repita», lê-se no documento, em que o organismo uruguaio clama: «Ditadura nunca mais, nem terrorismo de Estado!»

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