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|França

Mais de 200 personalidades apelam à mobilização contra a lei da imigração em França

Na sequência da aprovação parlamentar da lei da imigração, em 19 de Dezembro, mais de 200 personalidades subscreveram um apelo à mobilização, dia 21 de Janeiro, para exigir a sua não promulgação.

Manifestação em Rennes contra a lei da imigração 
Manifestação em Rennes contra a lei da imigração CréditosQuentin Bonade-Vernault / francebleu.fr

A lista de signatários, em que se incluem muitas figuras do mundo da cultura, dirigentes sindicais e partidários, foi divulgada este domingo, entre outros, por L’Humanité ou o portal da Confederação Geral do Trabalho (CGT).

Ao todo, são mais de 200 personalidades que se juntam no apelo à manifestação, para dizer «não» a este «perigoso ponto de viragem na nossa República» e a um texto legislativo escrito «sob o ditado de traficantes de ódio que sonham em impor a França o seu projecto de "preferência nacional"», tal como se pode ler no documento firmado.

De acordo com Fabien Roussel, secretário nacional do Partido Comunista Francês (PCF), trata-se de um «apelo histórico», na medida em que une pessoas de forma ampla, para além da esquerda, refere L’Humanité.

Na frente de oposição à chamada lei de «asilo-imigração» juntam-se figuras como Manuel Bompard (França Insubmissa), Marine Tondelier (Ecologistas), Olivier Faure (PS) ou Benjamin Saint-Huile (Liot).

Subscrevem também o apelo à mobilização contra a lei que, entre outros aspectos, exige a estudantes estrangeiros o pagamento de uma caução, diversos dirigentes sindicais, como Marylise Léon (CFDT) e Sophie Binet (CGT), que não tem poupado críticas à legislação da «França lepenizada».

Da mesma forma o fazem dirigentes associativos, personalidades ligadas à religião e muitos artistas, académicos e intelectuais.

«Se quisermos liderar a luta prioritária pelos valores, contra a extrema-direita, precisamos de uma grande união, que vá para lá das diferenças e dos compromissos políticos. Condenamos esta lei porque mina muitos dos fundamentos da nossa República e do nosso lema», disse Patrick Baudouin, presidente da Liga dos Direitos Humanos.

A iniciativa, surgida um dia após a votação da lei da imigração na Assembleia Nacional francesa, a 19 de Dezembro, tem um objectivo primordial: juntar o maior número possível de pessoas nas ruas para exigir a Emmanuel Macron que não promulgue o texto, lembra o periódico de esquerda.

«O Presidente da República tudo fez para que esta lei fosse "adoptada" antes das férias de fim de ano para que não se fale mais dela», disse Fabien Roussel. «Mas muita gente me perguntou como iríamos reagir a essa lei aprovada pelo RN [partido de extrema-direita, de Marine Le Pen] e que não dá respostas às grandes questões ligadas à imigração», acrescentou.

«É um momento de esclarecimento: esta lei é uma revelação, uma fronteira clara entre aqueles que estão dispostos a mudar e a negar o programa do Conselho Nacional da Resistência, ao ponto de assumirem as teses da extrema-direita, e os outros», afirmou a secretária-geral da CGT, Sophie Binet.

Fim da universalidade dos direitos, introdução da preferência nacional, questionamento dos direitos da terra, restrição do acesso à residência… «Devemos ser muitos no dia 21 para garantir a protecção das potenciais vítimas deste texto», disse Marine Tondelier (Ecologistas).

Trata-se de uma questão importante «para restaurar pontos de referência no debate público face à obsessão etnizante de uma parte do mundo político», segundo Dominique Sopo, presidente da SOS Racisme. «Daí o lema da manifestação de 21 de Janeiro: "Marchamos pela Liberdade, pela Igualdade, pela Fraternidade"».

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