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|França

CGT apela à desobediência contra a «lei da vergonha» aprovada em França

A Confederação Geral do Trabalho (CGT) apelou à mobilização e à desobediência civil contra a lei da imigração, tendo anunciado iniciativas para resistir às normas aprovadas na terça-feira no Parlamento.

Migrantes 
Migrantes Créditos / CGT

«A norma põe em causa todos os nossos princípios republicanos e estende uma passadeira vermelha à extrema-direita», denunciou a secretária-geral da CGT, Sophie Binet, em declarações à cadeia RMC.

A dirigente sindical disse que, nas próximas semanas, serão agendadas iniciativas para rejeitar a lei aprovada pela direita e a extrema-direita, e instou «todos aqueles que não se sentem parte desta França lepenizada [em alusão a Marine Le Pen] a mostrar a sua determinação em fazer respeitar os valores da solidariedade».

O texto aprovado no Senado e na Assembleia Nacional contém medidas destinadas a criar obstáculos à reunificação familiar dos imigrantes, aos estudantes estrangeiros (que são obrigados a pagar uma caução para obter uma autorização de permanência) e à obtenção de ajudas sociais e subsídios de habitação (será aplicado o princípio de preferência nacional).

Além disso, diminui a possibilidade de regularizar a situação de pessoas «sem documentos» que trabalham no país, cria o crime «permanência irregular» e deixa a porta aberta a uma reforma da Ajuda Médica do Estado a «sem papéis».

«Naufrágio político e moral»

No seu portal, a central sindical de classe denuncia que a nova legislação e os debates que a rodearam são uma «violência para todos aqueles que são estrangeiros ou de origem estrangeira». «Baseia-se numa grande mentira: não, a imigração não é responsável pela insegurança», afirma, sublinhando que, ao invés, a imigração é uma «mais-valia para o nosso país».

«Todos os anos, os trabalhadores estrangeiros fazem entrar 60 mil milhões em impostos e contribuições para a segurança social», afirma a CGT, acrescentando que, «sem trabalhadores estrangeiros, haverá muito menos médicos nos nossos hospitais, ajudantes domésticos, cozinheiros, entregadores ou pedreiros».

«E estamos agora a explicar-lhes que devem continuar a trabalhar de cabeça baixa, sem viver com a família e sem ter acesso a direitos sociais?», pergunta a central sindical.

«Senhor Presidente, desista desta lei»

Também no seu portal, a CGT divulgou, igualmente esta quinta-feira, uma carta dirigida a Emmanuel Macron da parte de sindicatos, associações e partidos políticos franceses, na qual solicitam ao chefe de Estado que «desista» da lei agora aprovada.

«Exigimos solenemente que tome a única decisão que vale a pena: deve renunciar a uma lei que representa um atentado aos valores da nossa República», lê-se no texto, aberto à subscrição.

«Nós, forças políticas, sindicais e associativas, não desistimos. Estamos aqui para resistir ao arbitrário e ao desumano», afirmam, apelando a «todas as organizações da sociedade civil, a todas as forças progressistas e republicanas para que actuem face a este grande ataque à nossa República e à sua Constituição».

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