Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|França

Milhares de pessoas novamente nas ruas de França contra a lei da imigração

De acordo com a CGT, mais de 150 mil pessoas mobilizaram-se em todo o país contra a promulgação do texto legislativo «da vergonha», classificado como uma «vitória ideológica» da extrema-direita.

Manifestação contra a lei da imigração em Paris, a 21 de Janeiro de 2024 
Manifestação contra a lei da imigração em Paris, a 21 de Janeiro de 2024 Créditos / Prensa Latina

Uma semana depois de milhares de pessoas se terem mobilizado contra a lei «racista e xenófoba» em dezenas de cidades francesas, o país europeu voltou a ser cenário, este domingo, de nova jornada de mobilização. No dia 25, o texto legislativo relativo à imigração – aprovado em meados de Dezembro – será presente ao Conselho Constitucional.

As manifestações, que tiveram lugar em mais de 160 localidades, foram uma resposta a um apelo lançado por 201 personalidades para dizer «não» a este «perigoso ponto de viragem na nossa República» e a um texto escrito «sob o ditado de traficantes de ódio que sonham em impor a França o seu projecto de "preferência nacional"».

Na sua conta de Twitter (X), Sophie Binet, secretária-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), deu conta de manifestações em cidades como Marselha, Lyon, Nantes, Lille, Grenoble ou Paris, onde, segundo a dirigente sindical, se manifestaram 25 mil pessoas entre o Trocadero e os Inválidos.

Na capital, os manifestantes exibiram faixas e cartazes a denunciar «a lei da vergonha», a lembrar os princípios republicanos e a vincar a defesa dos direitos humanos para todos.

«Esta lei constitui uma ruptura com os princípios franceses desde 1789 em matéria de direitos à terra e desde 1945 no que respeita à universalidade da protecção social», criticou Sophie Binet, citada pelo portal tf1info.fr.

Binet integra a frente de oposição à chamada lei de «asilo-imigração» em que se uniram figuras como Manuel Bompard (França Insubmissa), Marine Tondelier (Ecologistas), Olivier Faure (PS), Benjamin Saint-Huile (Liot), Fabien Roussel (PCF).

Nas manifestações deste domingo, os participantes exigiram a demissão do ministro do Interior, Gérald Darmanin, bem como a regularização da situação de milhares de trabalhadores estrangeiros sem documentos – no sentido oposto ao da lei que o executivo aprovou em conjunto com extrema-direita.

Manifestação em Rennes a 21 de Janeiro de 2024 // David Ademas / ouest-france.fr

A lei, classificada como «racista e xenófoba», restringe o direito de permanência, bem como o direito ao asilo, à terra ou à reunificação familiar, além de limitar os apoios em matéria de habitação e pretender fazer o mesmo ao nível da assistência médica.

«Se quisermos liderar a luta prioritária pelos valores, contra a extrema-direita, precisamos de uma grande união, que vá para lá das diferenças e dos compromissos políticos. Condenamos esta lei porque mina muitos dos fundamentos da nossa República e do nosso lema», disse Patrick Baudouin, presidente da Liga dos Direitos Humanos e um dos signatários do apelo dos 201, em que se juntaram dirigentes associativos, partidários e sindicais, personalidades ligadas à religião e muitos artistas, académicos e intelectuais.

O «não» à promulgação da lei da imigração fez-se ouvir ainda em cidades como Rennes, Bordéus, Estrasburgo, Amiens, Montpellier, Pau ou Cannes, refere a imprensa.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui