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Ao 40.º dia, prisioneiros palestinianos suspendem greve de fome

Israel cedeu em 80% das reivindicações dos presos políticos palestinianos

A greve de fome dos prisioneiros palestinianos nos cárceres israelitas foi suspensa na madrugada de sábado, ao 40.º dia, depois de intensas negociações. Tratamentos médicos e visitas de familiares são as principais conquistas.

Palestinianos seguram uma bandeira gigante do seu país na manifestação que teve lugar em Ramallah (Margem Ocidental ocupada) para assinalar o 69.º aniversário da Nakba (catástrofe)
Palestinianos seguram uma bandeira gigante do seu país na manifestação que teve lugar em Ramallah (Margem Ocidental ocupada) para assinalar o 69.º aniversário da Nakba (catástrofe)CréditosAlaa Badarneh / EPA

De acordo com a agência noticiosa palestiniana Ma'an, o líder do Comité Palestiniano para as Questões dos Prisioneiros, Issa Qaraqe, afirmou este domingo que «80% das exigências foram atendidas» pelo Serviço Prisional de Israel.

Um comité composto por seis presos políticos em greve de fome (entre eles Karim Yunis, o prisioneiro palestiniano há mais tempo encarcerado por Israel, e Marwan Barghouti, dirigente histórico do movimento Fatah) estiveram durante 20 horas em negociações para a suspensão do protesto.

Qaraqe considerou as conquistas como «uma transformação fundamental em termos de qualidade de vida dos prisioneiros». O comité de seis prisioneiros vai manter negociações relativamente às reivindicações que ainda não tiveram resposta, informa ainda a Ma'an.

Uma das principais exigências – o levantamento das barreiras às visitas por parte de familiares – foi amplamente aceite, «em princípio», pelas autoridades israelitas, com o compromisso de permitirem duas visitas mensais, o levantamento dos obstáculos criados nos postos de controlo e a prática de revogar unilateralmente e sem aviso o direito a visitas, invocando razões de segurança.

Também o critério para definir quem pode visitir os presos palestinianos deve ser alargado, passando a incluir familiares em segundo grau, e será permitida a entrada de roupas nas prisões durante as visitas.

Os prisioneiros doentes serão transferidos para a prisão de Ramla, recentemente requalificada, e as mulheres serão concentradas no cárcere de HaSharon, com condições para que sejam visitadas pelos maridos e filhos. Ambulâncias «equipadas como unidades de cuidados intensivos» vão ficar estacionadas em permanência junto a três cadeias isoladas no sul de Israel, devido à distância para as unidades hospitalares mais próximas.

Foram ainda acordadas várias medidas de melhoria das condições de vida dos prisioneiros, desde a instalação de cozinhas e equipamentos desportivos, e o aceso à educação para presos menores deve ser garantido.

O último ponto, transmitido por um dos seis membros do comité negocial ao seu advogado, citado pela Ma'an, prevê a transferência dos prisioneiros palestinianos para as cadeias que estejam «o mais próximo possível» da famílias. A tranferência de presos para fora dos territórios ocupados palestinianos por Israel viola a Convenção de Genebra.

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