Os seis mortos foram identificados pelo Ministério como Mohammad Wael Ghazawi (de 26 anos), Majd Mohammad Huseinieh (26 anos), Tareq Ziad Natour (27), Ziad Amin Zareini (29), Abdul Fattah Hussein Khrousheh (49) e Mutasem Nasser Sabbagh (22).
De acordo com a agência Wafa, tropas israelitas entraram no campo de refugiados de Jenin ontem à tarde e cercaram uma casa, tendo-se registado troca de disparos.
Testemunhas referidas pela Al Mayadeen indicaram que na casa se encontravam elementos da resistência palestiniana e que um helicóptero Apache israelita disparou mísseis para o local.
Dias depois de colonos extremistas terem invadido e atacado Huwara, Bezalel Smotrich afirmou que Israel deve «aniquilar» a localidade palestiniana no Norte da Cisjordânia ocupada. «Penso que Huwara precisa de ser destruída», disse o ministro israelita das Finanças, Bezalel Smotrich, esta quarta-feira, defendendo que «o Estado devia fazê-lo e não cidadãos privados», refere a PressTV com base na imprensa israelita. As declarações do ministro de extrema-direita do governo de Benjamin Netanyahu seguem-se ao ataque perpetrado contra a localidade palestiniana, no domingo à noite, por centenas de colonos armados. Tratou-se da «resposta» à morte de dois israelitas de um colonato ilegal, executados por um atacante palestiniano de Huwara. Este ataque, por sua vez, seguiu-se ao massacre de Nablus, em que as forças de ocupação israelitas mataram 11 palestinianos e feriram mais de cem. No domingo à noite, os colonos queimaram pelo menos 150 carros, 52 casas e várias lojas. Uma pessoa foi morta e o número de feridos palestinianos é superior a 390, indica a agência Wafa. Grupos israelitas de defesa dos direitos humanos como Peace Now e B’Tselem referiram-se ao ataque dos colonos como um «pogrom» apoiado pelas autoridades de ocupação. Por seu lado, o Crescente Vermelho palestiniano acusou as forças israelitas de impedirem as ambulâncias e os paramédicos de acederem ao local do ataque, a poucos quilómetros de Nablus. No Knesset, a extrema-direita israelita considerou os ataques a Huwara «legítimos». Hussein al-Sheikh, da Comissão Executiva da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), afirmou, no Twitter, que as afirmações de Smotrich para apagar Huwara do mapa são o apelo de um «racista terrorista». Também o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana (AP), Mohammad Shtayyeh, se referiu às afirmações do ministro israelita como «terroristas» e «racistas», e alertou para o facto de que «fazem prever uma escalada séria» contra o povo palestiniano nos territórios ocupados. Neste sentido, pediu às Nações Unidas, à União Europeia e demais organizações internacionais que condenem as declarações de Smotrich. Antes, já tinha pedido ajuda internacional «contra os crimes de Israel». O Parlamento (da Liga) Árabe, com sede no Cairo, condenou esta quarta-feira os ataques executados por colonos israelitas contra o povo palestiniano na Cisjordânia ocupada, referindo-se em especial ao assalto à localidade de Huwara. Perante os ataques terroristas sistemáticos dos colonos contra cidadãos indefesos, com armas de fogo, incêndios de casas e viaturas, expulsão de agricultores, assassinatos e outros crimes, exortou o mundo e em especial o Conselho de Segurança da ONU a adoptar medidas para proteger o povo palestiniano. Antes, a Liga Árabe já tinha proposto que as milícias de colonos passem a ser incluídas na lista de grupos terroristas. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Ministro israelita das Finanças defende a «aniquilação» de terra palestiniana
OLP classifica Smotrich como «terrorista racista» e AP pede ajuda internacional
Parlamento Árabe condena violência dos colonos
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A mesma fonte refere que as forças israelitas alegaram que na casa se encontrava o executante do ataque em Huwara que matou dois colonos israelitas, a 26 de Fevereiro, na sequência do massacre em Nablus, em que as tropas israelitas mataram 11 palestinianos e feriram mais de cem.
Ontem, em Jenin, pelo menos 26 pessoas ficaram feridas, três das quais em estado crítico, atingidas no peito e na zona pélvica, referiu o Ministério palestiniano da Saúde.
Por iniciativa dos partidos palestinianos, revela a Wafa, realiza-se hoje na Margem Ocidental ocupada uma greve geral de protesto, com o comércio fechado e os transportes parados.
Palestina vai continuar a lutar até alcançar a liberdade e a independência
Após a nova mortandade em Jenin (em Janeiro, durante uma incursão, as tropas israelitas já haviam morto 11 pessoas), o primeiro-ministro palestiniano, Mohammad Shtayyeh, condenou «o horrível massacre», que também envolveu a destruição de casas e outras propriedades.
Aviões israelitas bombardearam a Faixa de Gaza, esta quinta-feira, em resposta ao lançamento de seis rockets a partir do enclave cercado, como represália pelo assassinato de 11 palestinianos em Nablus. A aviação de guerra israelita voltou a atacar a Faixa de Gaza, esta madrugada, alegando que os alvos eram um local de fabrico de armas e um complexo militar do Hamas. Colunas de fumo ergueram-se dos locais atingidos pelos mísseis, que provocaram danos em várias casas mas não vítimas mortais ou feridos, segundo refere a agência Wafa. O ataque israelita seguiu-se ao lançamento de pelo menos seis rockets por parte de grupos da resistência palestiniana para os territórios ocupados em 1948, como retaliação pelo massacre de 11 palestinianos, perpetrado pelas forças de ocupação no Norte da Cisjordânia. Segundo refere o portal The Cradle, o lançamento dos rockets – que foram interceptados pela defesa anti-aérea israelita – foi assumido pela Jihad Islâmica da Palestina e, concretamente, como «retaliação» pelo massacre de quarta-feira em Nablus. As forças de ocupação mataram pelo menos nove palestinianos e feriram mais 20 num raide em Jenin, esta quinta-feira, depois de ontem terem matado outros dois jovens na Cisjordânia ocupada. Um grande dispositivo militar israelita invadiu, esta manhã, a cidade de Jenin e o seu campo de refugiados, colocando franco-atiradores nos telhados das casas, refere a agência Wafa. Dos confrontos que se seguiram com jovens que tentaram bloquear a sua passagem, resultaram pelo menos nove mortos e 20 feridos, informou o Ministério palestiniano da Saúde. As vítimas mortais ainda não foram todas identificadas. Durante o ataque, indica a Wafa, o Clube do Campo de Jenin foi completamente arrasado. A ministra da Saúde, Mai al-Kaileh, disse que os trabalhadores do Crescente Vermelho presentes nas imediações foram impedidos de evacuar os feridos pelas forças israelitas. Acrescentou que, inclusive, dispararam contra uma das ambulâncias e lançaram bombas de gás lacrimogéneo contra a ala pediátrica do Hospital Governamental de Jenin, provocando casos de asfixia entre as crianças e as mães ali presentes. Salah Muhammad Ali, com 17 anos de idade, foi atingido a tiro no peito e veio a falecer no hospital, esta quarta-feira, informou o Ministério palestiniano da Saúde. As forças de ocupação mataram, esta quinta-feira, dois palestinianos no Norte da Cisjordânia, elevando para 17 o número de mortos pelas tropas israelitas desde o início do ano. As vítimas mortais foram identificadas como Adham Mohammad Jabarin, de 26 anos, e Jawad Farid Bawaqta, de 57. Em comunicado, o Ministério palestiniano da Saúde informou que o primeiro foi atingido com um disparo no ventre e que o segundo foi atingido no peito. Fontes locais disseram à agência Wafa que um grande dispositivo militar entrou no campo de refugiados de Jenin esta madrugada, provocando trocas de disparos com forças da resistência palestiniana e violentos confrontos com os residentes. Revelaram igualmente que Farid Bawaqta, professor do Ensino Secundário e pai de seis, foi morto por um franco-atirador israelita quando estava a prestar os primeiros socorros a Jabarin. Um palestiniano de 45 anos foi morto por forças israelitas, este domingo, junto à localidade de Silwad. É o 13.º a ser morto por forças de Telavive desde o início do ano, no espaço de duas semanas. Em comunicado, o Ministério palestiniano da Saúde informou que Ahmad Hassan Kahla, de 45 anos, faleceu no hospital de Ramallah, depois de ser atingido por vários projécteis. As forças israelitas alegaram que Kahla foi morto ao tentar agarrar a arma de um soldado e ao resistir a uma inspecção. No entanto, tanto testemunhas oculares como a imprensa palestiniana dão conta de uma discussão verbal entre o palestiniano e as tropas israelitas, que o obrigaram a sair da viatura em que se encontrava, antes de o atingirem com vários disparos. Um filho de Ahmad Hassan Kahla, que também se encontrava no carro, foi atingido com gás pimenta, indica a PressTV. O Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros referiu-se ao caso como uma «execução atroz» e, num comunicado emitido este domingo, denuncia que Israel tornou mais «fácil para os soldados matar qualquer palestiniano sem que estes representem qualquer perigo para a ocupação». O portal The Cradle afirma que a situação na Palestina está a «chegar a um ponto de ebulição», com o governo recém-eleito de Netanyahu a pedir a anexação do pouco que resta da Palestina ocupada e os seus ministros a tomarem medidas e a levarem a cabo acções cada vez mais extremistas. Com o status quo de Jerusalém sob ameaça e os palestinianos a serem alvo de violência crescente da parte do Exército e dos colonos israelitas, a resistência palestiniana está a aumentar e – destaca a fonte – espera-se que dispare ainda mais, sobretudo na Margem Ocidental ocupada. É nesta região dos territórios ocupados que, como consequência dos raides israelitas e de vários confrontos, 13 palestinianos foram mortos em 2023, o último dos quais ontem. Logo no dia 2, as forças israelitas mataram Mohammad Samer Houshieh, de 22 anos, e Fouad Mahmoud Abed, de 25, na aldeia de Kafr Dan. Um dia depois deste raide, as tropas israelitas lançaram outro no campo de refugiados de Dheisheh, em Belém, onde mataram a tiro Adam Ayyad, de 15 anos. As forças israelitas mataram dois palestinianos e feriram três num raide nocturno na localidade de Kafr Dan, no Norte da Cisjordânia ocupada, onde fizeram explodir três apartamentos. Em comunicado, o Ministério palestiniano da Saúde informou que Mohammad Samer Houshieh, de 22 anos, foi morto ao ser atingido pelas forças israelitas com um disparo no peito, e que Fouad Mahmoud Abed, de 25, faleceu ao ser atingido na barriga. Um dos três feridos encontra-se em estado grave, precisou ainda o texto do Ministério, a que a agência Wafa faz referência. De acordo com a fonte, um grande contingente militar israelita entrou ontem à noite em Kafr Dan, a oeste de Jenin, com o intuito de garantir a demolição das casas de familiares directos de dois palestinianos que haviam sido mortos em 14 de Setembro do ano passado, durante um ataque ao posto de controlo militar de Jalama, no qual foi também morto um soldado israelita. Recorde-se que as autoridades israelitas advogam a política de destruição de edificações pertencentes de palestinianos autores de ataques e seus familiares – uma prática que é condenada como «punição colectiva» tanto pelas autoridades palestinianas como por grupos de defesa dos direitos humanos. A Wafa refere que se registaram confrontos em Kafr Dan e que os soldados israelitas abriram fogo, matando os jovens palestinianos referidos e ferindo três, antes de fazerem explodir três apartamentos e de deixarem 13 pessoas sem tecto. De acordo com os dados recolhidos pela agência, as forças israelitas mataram 224 palestinianos em 2022 – 52 dos quais na Faixa de Gaza e os restantes da Margem Ocidental ocupada. No sábado, o portal Middle East Eye publicou uma peça em que afirma que 2022 foi o ano mais mortífero para os palestinianos desde a Segunda Intifada, que terminou em 2005. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. A 5 de Janeiro, Amer Abu Zaytoun, de 17 anos, foi atingido com uma bala na cabeça por tropas israelitas, quando estas realizavam uma incursão no campo de refugiado de Balata, perto de Nablus. No dia 11, Sanad Samamra, de 18 anos, que ferira com uma faca um colono israelita no colonato ilegal de Havat Yehuda, a sul de Hebron, foi morto pelo Exército israelita. No mesmo dia, Ahmad Abu Junaid, de 21 anos, foi morto a tiro no campo de refugiados de Balata, perto de Nablus. No dia seguinte, Abdul Hadi Fakhri Nazzal, de 18 anos, e Habib Kamil, de 25, foram mortos a tiro por soldados em Qabatia, perto de Jenin. Também nesse dia, Sameer Aslan, de 41 anos, foi morto a tiro quando tentava impedir que o seu filho fosse detido, no campo de refugiados de Qalandiya. No dia 13 de Janeiro, Ezzeddine Bassem Hamamra, de 24 anos, e Amjad Khaliliya, de 23, foram mortos a tiro quando confrontavam as forças de ocupação na localidade de Jaba, a sul de Jenin. Um dia depois, um dos palestinianos feridos no raide a Kafr Dan, a 2 de Janeiro, Yazan Samer al-Jaabari, não resistiu aos ferimentos e faleceu. De acordo com os dados recolhidos pela agência Wafa, em 2022 as forças israelitas mataram 224 palestinianos – 52 dos quais na Faixa de Gaza e os restantes da Margem Ocidental ocupada. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Outros três palestinianos ficaram feridos com fogo real e mais quatro foram detidos, refere a Wafa, denunciando que os soldados impediram que ambulâncias chegassem ao local onde os feridos se encontravam. Mohammad Jabarin e Farid Bawaqta foram declarados mortos pouco depois de chegarem ao hospital, para onde foram levados em viaturas particulares. O primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Shtayyeh, condenou os «assassinatos criminosos» desta manhã em Jenin e voltou a pedir à chamada comunidade internacional apoio em defesa do povo palestiniano. Em Jenin, foi declarada uma greve geral. Só desta província palestiniana da Margem Ocidental ocupada são nove dos 17 palestinianos que as forças israelitas mataram desde o início do ano. De acordo com os dados recolhidos pela Wafa, em 2022 as tropas israelitas mataram 224 palestinianos – 52 dos quais na Faixa de Gaza e os restantes na Cisjordânia ocupada. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Depois de pronunciada a morte do adolescente, foi declarada uma greve geral de três dias no campo de refugiados de Shufat, na parte Nordeste de Jerusalém Oriental ocupada, onde o assassinato foi perpetrado. Segundo indica a Wafa, Mohammad Ali foi atingido a tiro durante confrontos com as forças de ocupação que invadiram o campo de refugiados ontem à tarde, para proceder à demolição punitiva da casa familiar de Udai Tamimi. Tamimi, de 22 anos, foi morto pelas forças de ocupação a 19 de Outubro do ano passado, tendo sido acusado de matar um soldado israelita num controlo militar em Shufat. Nas redes sociais, é possível ver imagens gravadas [imagens fortes] que mostram soldados israelitas armados a revistar Ali estendido e inanimado no chão e com parte das roupas rasgadas, antes de ser transferido para uma unidade hospitalar local. Mais tarde, indica a agência, os soldados invadiram o centro médico, localizado no bairro de al-Salam, e agrediram os paramédicos quando uma ambulância se apressava para levar o jovem para um hospital no centro da cidade. Algumas horas antes, Aref Abdul Nasser Lahlouh, um palestiniano de 20 anos do campo de refugiados de Jenin, foi morto a tiro pelas tropas israelitas perto da cidade de Qalqilya. As forças de ocupação alegaram que Nasser Lahlouh foi morto na sequência de um ataque com uma faca contra um soldado nas imediações do colonato ilegal de Kadumim. Fontes loecais revelaram que Lahlouh foi morto à frente da mãe e de um irmão, e que as forças israelitas o deixaram esvair-se em sangue. As forças de ocupação demoliram esta segunda-feira oito casas de palestinianos que ainda estavam a ser construídas na aldeia de al-Dyouk al-Tahta, nas imediações de Jericó. Issam Smeirat, representante da Fatah em al-Dyouk e activista contra os colonatos, disse à agência Wafa que as forças israelitas invadiram a aldeia e demoliram oito casas ainda em construção, na maioria dos casos pertencentes a palestinianos de Jerusalém Oriental ocupada. Paralelamente, o Supremo Tribunal israelita rejeitou uma petição apresentada por residentes em Masafer Yatta, a sul de Hebron (al-Khalil), contra a demolição iminente de duas escolas e mais de três dezenas de estruturas habitacionais, revelou a agência. Desta forma, o Exército tem luz verde para avançar num local onde já procedeu à demolição de diversas casas em Maio último, deixando mil palestinianos desalojados. A decisão de transformar a zona num campo de tiro militar foi bastante contestada a nível local e internacional. Ao demolir as casas e estruturas palestinianas na Cisjordânia ocupada, as autoridades israelitas alegam que estas foram construídas sem licenças, que são praticamente impossíveis de obter. Por vezes, as forças de ocupação ordenam aos proprietários palestinianos que deitem abaixo as suas próprias casas ou que paguem os custos aos municípios, caso o não façam. No relatório que o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) emite quinzenalmente, relativo ao período entre 2 e 15 de Agosto de 2022, afirma-se que as forças de ocupação israelitas deitaram abaixo 50 estruturas que eram propriedade de palestinianos, com isso levando a que 55 pessoas ficassem desalojadas – 28 das quais crianças. Cerca de 20 mil casas de famílias palestinianas em Jerusalém Oriental ocupada estão em risco de ser demolidas pelas autoridades israelitas, com o argumento de que não possuem licenças de construção. O alerta foi dado pelo assessor do Gabinete da Presidência palestiniana para os Assuntos de Jerusalém, Ahmad al-Ruwaidi, que confirmou a existência de mais de 20 mil casas propriedade de famílias palestinianas ameaçadas de demolição pela ocupação israelita em Jerusalém, com o pretexto de não terem autorização. O funcionário governamental explicou em comunicado que os residentes palestinianos apenas podem construir em 12% da área de Jerusalém Oriental, enquanto os colonos israelitas estão autorizados a construir em 42% desse território, informa o portal libanês al-Ahed. No documento, al-Ruwaidi alertou para o grave perigo que ameaça os residentes do Bairro de Sheikh Jarrah, perto da Cidade Velha de Jerusalém, caso aceitem os termos do acordo proposto por um tribunal, que serve os interesses de uma organização de colonos israelitas. Por comparação com igual período de 2020, o número de estruturas palestinianas visadas por Israel na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental ocupadas aumentou 90% nos primeiros 4 meses de 2021, revelou a ONU. As autoridades israelitas demoliram, forçaram os palestinianos a demolir ou apreenderam 23 estruturas propriedade de palestinianos na Margem Ocidental ocupada no mês de Abril, segundo um relatório publicado pelo Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA). Tal resultou na expulsão de 13 pessoas, incluindo nove crianças, e afectou o sustento e o acesso a serviços de outras 100, revelou a agência das Nações Unidas, sublinhando que todas as estruturas se encontravam na chamada Área C da Cisjordânia ocupada (sob total controlo de Israel) e que foram visadas devido à falta de autorizações de construção, quase impossíveis de obter pelos palestinianos. O número de estruturas visadas pelos israelitas só no mês Abril até é o segundo mais baixo deste ano; no entanto, indica a agência WAFA, no final do quadrimestre o número é 90% superior ao registado em igual período de 2020 (316 vs. 166) e 129% maior no que respeita a estruturas fornecidas como ajuda humanitária (110 vs. 48). As autoridades de ocupação israelitas emitiram, esta segunda-feira, ordens de demolição contra dez casas nas aldeias de Ni'lin e Deir Qaddis, nas imediações da cidade de Ramallah, apesar de os proprietários possuírem autorizações de construção, noticia a WAFA. Emad Khawaja, chefe do conselho da aldeia de Ni'lin, disse à agência que os proprietários das casas sob ameaça de demolição detêm autorizações de construção palestinianas e legais, uma vez que a terra onde a construção ocorreu está sob jurisdição civil da Autoridade Palestiniana. No entanto, revelou Khawaja, Israel alega que as casas foram construídas perto do muro de separação que aparta as terras dos palestinianos dos colonatos ilegais israelitas. Além disso, fontes locais disseram que Israel planeia construir um novo posto avançado para colonos judeus em terras que são propriedade de palestinianos. Pelo menos três colonatos ilegais israelitas foram construídos em terras expropriadas a habitantes destas duas aldeias e de outras na mesma zona, no Centro na Cisjordânia ocupada. Mais de 600 mil israelitas vivem em mais de 230 colonatos construídos nos territórios ocupados da Margem Ocidental e de Jerusalém Oriental desde 1967. Todos são considerados ilegais à luz do direito internacional. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Ahmad al-Ruwaidi acrescentou que a política israelita de demolições no Bairro de at-Tur e noutros pontos da cidade de Jerusalém se insere no quadro de expulsão da população local e de esvaziamento da cidade do povo palestiniano. No passado dia 1, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA, na sigla em inglês) afirmou num relatório que a demolição de casas na Margem Ocidental e em Jerusalém Oriental ocupadas aumentou 21% este ano por comparação com o ano anterior. Ao demolir as casas e estruturas palestinianas na Cisjordânia ocupada, as autoridades israelitas alegam que estas foram construídas sem licenças, que são praticamente impossíveis de obter. Por vezes, lembra a PressTV, as forças de ocupação ordenam aos proprietários palestinianos que deitem abaixo as suas próprias casas ou que paguem os custos aos municípios, caso o não façam. Mais de 600 mil israelitas vivem em mais de 230 colonatos construídos nos territórios ocupados da Margem Ocidental e de Jerusalém Oriental desde 1967. Todos são considerados ilegais à luz do direito internacional. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. A destruição das estruturas, localizadas em Jerusalém Oriental e na Margem Ocidental ocupadas, afectou o sustento de quase 220 pessoas, noticiou a Wafa este sábado, citando o documento publicado pelo organismo das Nações Unidas. Doze das estruturas demolidas – revela a OCHA – eram projectos de assistência humanitária financiados por doadores. Desde o início de 2022, dez casas palestinianas foram demolidas por motivos de punição, quando, em 2021, foram três e, em 2020, seis. As demolições punitivas são uma forma de castigo colectivo e, como tal, são ilegais à luz do direito internacional, visando as famílias de atacantes ou alegados atacantes, referiu a OCHA. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Com estas 11 mortes, sobe para 29 o número de palestinianos mortos por forças israelitas em 2023. O ano passado, as tropas israelitas mataram 224 palestinianos – 52 dos quais na Faixa de Gaza e os restantes na Cisjordânia ocupada –, de acordo com os dados recolhidos pela Wafa. Também ontem, as forças israelitas levaram a cabo a demolição de seis casas de palestinianos na aldeia de al-Diyouk al-Tahta, a oeste de Jericó, alegando que não tinham licenças para as construir. A Wafa informa que, antes de procederem à operação, as tropas vedaram o acesso ao local, onde os residentes acusam o Exército israelita de querer correr com eles, para assim avançarem com as actividades ligadas aos colonatos. Perto de Hebron (al-Khalil), as forças israelitas demoliram várias estruturas de palestinianos em Masafer Yatta, que é há muito uma zona de conflito aceso devido à tentativa de expulsão da população palestiniana. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Ontem, num raide na cidade velha de Nablus, as tropas israelitas mataram 11 palestinianos, incluindo um menor de 14 anos e três pessoas mais velhas, e provocaram mais de cem feridos. O massacre de Nablus ocorre menos de um mês depois daquele que as forças de ocupação israelitas levaram a cabo em Jenin, onde, a 26 de Janeiro de 2023, mataram dez palestinianos e feriram pelo menos duas dezenas. No dia seguinte, a aviação israelita também bombardeou Gaza. Como resposta ao massacre de Nablus, como protesto contra outras medidas repressivas israelitas na Cisjordânia e em Jerusalém ocupadas e em solidariedade com os prisioneiros nas cadeias israelitas, os vários partidos palestinianos uniram-se na convocatória de uma greve. O Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros criticou a reacção internacional «morna» ao massacre de Nablus. «As reacções internacionais foram tímidas e fracas, quase igualando a vítima e o carrasco», disse o ministério em comunicado, acrescentando que as acções de Israel estavam «ao nível dos crimes de guerra e crimes contra a humanidade». A declaração destaca ainda que o fracasso em responsabilizar Israel está a alimentar «tensões que ameaçam explodir». Ontem, a Palestina pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que realize uma sessão de emergência para abordar o massacre cometido pelas forças de ocupação israelitas em Nablus, indica a Wafa. Também anunciou que solicitou uma reunião urgente da Liga Árabe para abordar os recentes ataques israelitas nos territórios ocupados, incluindo o massacre de Nablus. Esta manhã, o Ministério palestiniano da Saúde deu conta do falecimento de Mohammad Nabil Sabah, de 30 anos, que ficara gravemente ferido durante um raide israelita há duas semanas em Jenin. Desde o início do ano, pelo menos 61 palestinianos foram mortos na Cisjordânia ocupada por tropas e colonos israelitas, 13 dos quais menores. Trata-se do início de ano mais sangrento desde o ano 2000. 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Casas e estruturas de palestinianos demolidas
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Reacção internacional «morna»
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Afirmando que o povo palestiniano «vai continuar a lutar até alcançar a liberdade e a independência», Shtayyeh pediu à Casa Branca que intervenha junto do seu aliado para travar os massacres nas terras palestinianas e exortou as organizações internacionais «a condenar este novo crime».
Grupos da resistência palestiniana também já se pronunciaram, prometendo «vingar-se com dureza».
Jenin e Nablus, no Norte da Cisjordânia ocupada, são os principais bastiões da resistência palestiniana e têm sido um alvo constante das operações militares levadas a cabo por Telavive.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, divulgados pela Wafa, desde o início do ano as tropas e os colonos israelitas armados mataram 73 palestinianos.
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