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|Venezuela

Governo da Venezuela rejeita a ingerência da UE

Borrell não gostou da inabilitação de Corina Machado, a trumpista que defendia a política de máxima pressão contra o seu país. Caracas refutou de forma categórica as declarações de «ingerência» da UE.

Manifestação de apoio a Nicolás Maduro e em defesa da soberania, esta quarta-feira, 23 de Janeiro, em Caracas
Manifestação de apoio a Nicolás Maduro e em defesa da soberania, a 23 de Janeiro de 2019, em Caracas Créditos / Twitter

Num comunicado emitido ontem, o governo da Venezuela sublinhou que a legalidade e a legitimidade do processo eleitoral no país sul-americano não dependem de nenhum «agente estrangeiro».

O documento, partilhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Yván Gil, no Twitter, dirige-se a Josep Borrell, alto representante para os Assuntos Externos e a Política de Segurança da União Europeia (UE), classificando as suas declarações como um «acto de ingerência» em temas que «são da exclusiva competência dos Poderes Públicos venezuelanos».

A UE, que «fracassou durante os últimos anos na tentativa de impor um presidente falso ao nosso país», refere o texto em alusão a Juan Guaidó, «hoje continua na mesma senda do fracasso, empenhada numa retórica irracional e colonialista em relação ao governo constitucional».

O texto refere que há mais de 200 anos os venezuelanos «correram com o imperialismo» da sua terra, tendo começado «a trilhar o caminho da soberania».

Neste sentido, o governo da Venezuela sublinha que «não aceita a tutela de nenhuma potência ou grupo de países alinhados com reminiscências imperiais».

Sublinhando que, nas eleições venezuelanas, o processo depende «das decisões que o povo toma soberanamente», o documento exige ainda à UE que «se abstenha de proferir declarações intervencionistas, de modo a preservar um relacionamento recíproco respeitoso».

Borrell em defesa Corina Machado, a defensora da «intervenção»

O comunicado do governo da República Bolivariana da Venezuela segue-se às preocupações expressas pelo chefe da diplomacia da UE «com as decisões que visam impedir que membros da oposição exerçam os seus direitos políticos fundamentais», tendo-se referido à inabilitação de pré-candidatos pelos órgãos soberanos do país sul-americano.

Numa Europa em que se assiste ao crescimento da extrema-direita em vários países, a sucessivas «explosões sociais» em França, ao reforço do militarismo ou a situações de miséria crescente em vários países ricos do continente, como França ou o Reino Unido, o defensor da teoria «Europa jardim vs. resto do mundo selva» referiu-se, em nota oficial, ao caso da trumpista radical María Corinna Machado e sugeriu que as autoridades competentes revissem o caso.

Corina Machado foi inabilatada para o exercício de cargos públicos por 15 anos, com base em irregularidades alegadamente cometidas quando era deputada, refere a agência AFP.

Corina Machado pertence ao Vente Venezuela e é considerada, mesmo entre os meios da oposição, um membro da «ala radical». Recorde-se que, em 2019, defendeu abertamente a política de máxima pressão contra a Venezuela proposta por Donald Trump, os falcões de Washington e gusanos de Miami.

Em Junho de 2020, Corina Machado defendeu inclusive a legitimidade da «obrigação de intervir e o Direito a Proteger (R2P)», ou seja, a intervenção militar norte-americana no seu país e o fim da «usurpação» – forma como os da direita caprilesca e afins se referiam ao governo legítimo da Venezuela – pela força, lembra o portal Misión Verdad.

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