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Galiza: trabalhadores da banca contra lucros de milhões e aumentos de tostões

Milhares de trabalhadores da banca em greve manifestaram-se, esta quinta-feira, pelas ruas da Corunha, exigindo um acordo digno que permita a recuperação do emprego e do poder de compra.

Na Corunha, os trabalhadores da banca denunciaram a brutal pressão comercial a que são sujeitos e exigiram um acordo digno 
Na Corunha, os trabalhadores da banca denunciaram a brutal pressão comercial a que são sujeitos e exigiram um acordo digno Créditos / CIG

Em resposta à greve convocada pela Confederação Intersindical Galega (CIG), milhares de trabalhadores da banca (Santander, BBVA, Sabadell, Bankinter, Deutsche Bank, entre outros) mobilizaram-se para reivindicar um acordo sectorial que consagre a recuperação do poder de compra, a redução da carga laboral e a recuperação do emprego, e denunciar «a pressão comercial brutal que sofrem».

Rosa Conde, responsável do sector da Banca da CIG, revelou no início da manifestação que a adesão à greve estava a ser variada, com maior impacto nas agências do BBVA e do Sabadell, e estimando em 60% a adesão global.

Conde lembrou que o acordo colectivo da banca anda a ser negociado há meses, acrescentando que, nas últimas três reuniões, o patronato não apresentou nada de novo.

Tanto a proposta de «aumentos irrisórios» como o corte de direitos são «inaceitáveis», afirmou a dirigente sindical, mais ainda num contexto de lucros recorde e de distribuição milionária de dividendos entre os accionistas e conselhos de administração.

A CIG lembrou a destruição de milhares de postos de trabalho na última década, num processo que deixou os quadros no mínimo e que foi acompanhado pelo encerramento de agências / CIG

Referindo-se à continuidade da tendência de contenção salarial, disse que os trabalhadores querem um acordo digno e que não exigem «nada que não seja justo».

Despedimentos em massa e encerramento de agências

Outro aspecto mencionado por Rosa Conde, indica a CIG no seu portal, é o da destruição de milhares de postos de trabalho na última década, num processo que deixou os quadros de pessoal no mínimo e que foi acompanhado pelo encerramento de agências, com a consequente diminuição na qualidade do serviço prestado aos clientes.

«Onde antes havia duas agências com oito pessoas cada qual, agora há uma com metade do pessoal, e isso com sorte», alertou.

Além disso, referiu-se ao prolongamento das jornadas de trabalho durante a pandemia, para dar resposta às necessidades financeiras de muitas empresas e particulares – algo que, denunciou, «não foi reconhecido nem compensado». Mais ainda, a maior quantidade de despedimentos e lay-offs no sector ocorreu em 2020 e 2021, precisamente no contexto da emergência sanitária.

Agora, «em vez de contratarem trabalhadores, o que [os bancos] propõem é aumentar a mobilidade geográfica forçada de 25 a 50 quilómetros», denuncia, alertando que isso dificulta a conciliação e implica maiores despesas para o trabalhador, que tem de arcar com os custos de deslocação.

Acabar com a pressão comercial desmesurada

Para a CIG, outros aspectos fundamentais a serem consagrados no acordo são a recuperação do emprego e o fim da «brutal pressão comercial exercida sobre os trabalhadores», a quem são impostos «objectivos comerciais desmesurados, inatingíveis, que implicam uma sobrecarga de trabalho».

Conde classificou esta atitude do patronato como «acosso», não só pela pressão a que sujeita os trabalhadores, mas também porque o cumprimento dos objectivos é parte fundamental da sua avaliação profissional anual «e condiciona, a curto-médio prazo, a continuidade na própria entidade».

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