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|Cimeira do G20

G20. Promete muito, mas decide quase nada

Os chefes de Estado dos 20 mais ricos países do mundo comprometeram-se a não deixar o planeta aquecer mais do que 1,5 graus acima do nível pré-industrial, mas não explicam como.

 

Os líderes de governo presentes em Roma, junto à fonte dos desejos  
Os líderes de governo presentes em Roma, junto à fonte dos desejos  CréditosLapresse Pool / EPA

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, declarou-se este domingo «orgulhoso» dos resultados da cimeira do G20 em Roma, na luta contra o aquecimento global, precisando, no entanto, ser «apenas o começo».

«Comprometemo-nos a manter a meta de 1,5 graus ao nosso alcance», afirmou Draghi no discurso de conclusão da cimeira do grupo das economias mais desenvolvidas do mundo, ao qual o seu país preside este ano.

«Estamos orgulhosos destes resultados, mas devemos ter em mente que isto é apenas o começo», adiantou.

Para manter aquela meta, os chefes de Estado e de governo do G20 concordaram realizar acções de «mitigação, adaptação», com «base nas circunstâncias nacionais», ou seja, reflectindo «o princípio da responsabilidade comum» de cada país e as diferentes capacidades.

O líder italiano assinalou ainda que foi decidido na cimeira «virar a página do carvão», com «o compromisso de eliminar todo o financiamento internacional» das centrais eléctricas a carvão, congratulando-se com o facto de «todos os países do G20» se terem comprometido «com emissões zero até meio do século».

«Agora devemos concentrar-nos em começar, porque seremos julgados pelo que faremos, não pelo que dizemos», declarou Draghi.

Não se adiantou muito para além das intenções

Os chefes de Estado e de governo do G20, que representam 80% do produto interno bruto do planeta e 80% das emissões de gases com efeito de estufa, chegaram a um acordo em Roma, este domingo, em que manifestaram a sua vontade de fazer esforços para conter o aquecimento global até 1,5 graus acima do nível pré-industrial, salientando que o objectivo «exigirá compromissos e acções significativas e eficazes por parte de todos os países», de acordo com o comunicado final, ao qual este jornal teve acesso.

No entanto, o pacto parece ter ficado pelas boas intenções, porque não contém compromissos de longo alcance para inverter significativamente as tendências e aproximar-se deste objectivo, mas dá um passo em frente ao declarar que os países membros do grupo deixarão de financiar centrais de carvão no estrangeiro até ao final deste ano.

O documento também contém uma promessa de acelerar os esforços para eliminar e racionalizar os subsídios aos combustíveis fósseis; reafirma a «importância» do cumprimento do acordo para mobilizar anualmente cerca de 100 mil milhões de dólares entre 2020 e 2025 para os países mais vulneráveis (o que não foi cumprido até agora) e acelerar a transferência de tecnologia para esses países, a fim de facilitar a sua transição ecológica; e aponta para o objectivo de alcançar a neutralidade das emissões de gases com efeito de estufa antes ou por volta de meados do século, mas sem metas precisas.

Quanto ao metano, juntamente com o C02, um dos principais factores de aquecimento e tema de uma iniciativa conjunta EUA-UE para reduzir as suas emissões, o comunicado contém apenas um reconhecimento dos seus efeitos nocivos.

Por sua vez, o secretário-geral da ONU, António Guterres, observou que estava a deixar Roma com as suas «esperanças por cumprir, mas não enterradas».

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