Segundo apurou o Global Times junto da Administração Nacional das Florestas e Pastagens (ANFP) do país asiático, o plano agora lançado, com a duração de três anos, visa promover o bambu como substituto ecológico do plástico e, nesse sentido, compreende a construção de um sistema industrial para alcançar a meta, incluindo «o cultivo de bambu, o processamento profundo e a expansão do mercado».
A notícia, vinda a público em Novembro, foi agora também divulgada pela conta de Twitter da plataforma de notícias Dongsheng, que destaca o facto de, na China, existirem 837 das 1300 espécies de bambu, cobrindo uma área de 7,56 milhões de hectares, com uma produção total de 150 milhões de toneladas por ano.
A fonte sublinha ainda o facto de esta indústria já estar activa em 20 das 22 províncias do país, com as de Fujian, Jiangxi e Anhui a serem responsáveis por cerca de 90% da área total de bambu do país. Actualmente, existem mais de 10 mil empresas de processamento de bambu na China.
Com um crescimento rápido, baixo custo de produção, excelente capacidade de sequestro de carbono, conservação da água – evitando a infiltração de água e a erosão do solo –, bem como purificando o ar, o bambu torna-se uma alternativa viável e renovável para a substituição do plástico, indica a Dongsheng.
Deste modo, as autoridades chinesas pretendem construir, nos próximos três anos, entre cinco e dez bases de promoção de aplicações para «substituir plástico por bambu» em zonas com recursos abundantes de bambu.
Até 2025, revela o Global Times, será criado um sistema industrial preliminar para «substituir o plástico pelo bambu», melhorando a qualidade do produto, a variedade e a escala industrial do bambu utilizado.
Estimativas da ANFP apontam para que o valor agregado dos principais produtos de «bambu em vez de plástico» aumente mais de 20% em comparação com 2022, e que a taxa de utilização de materiais de bambu aumente em 20 pontos percentuais até à data prevista.
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