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|Reino Unido

Funcionários públicos no Reino Unido decidem avançar para a greve

O maior sindicato da Função Pública consultou cerca de 150 mil trabalhadores, que votaram esmagadoramente a favor da greve, por melhores salários e estabilidade, num contexto de perda de poder de compra.

Créditos / express.co.uk

O Sindicato dos Serviços Públicos e Comerciais (PCS) anunciou que 126 locais de trabalho da administração pública no Reino Unido, abrangendo cerca de 100 mil trabalhadores, devem enfrentar paralisações nos próximos tempos, depois de, numa consulta recente, 86,2% dos trabalhadores terem dito «sim» à greve.

Funcionários dos serviços administrativos centrais do Estado, da emissão de passaportes, dos serviços de fronteiras, do Departamento de Trabalho e Pensões, dos centros de emprego, da Saúde e Segurança, do regulador de energia Ofgem – estão todos convocados, quando a inflação anda nos dois dígitos (10,1%) e o nível de vida se deteriora.

Dados de um relatório do Instituto de Estudos Fiscais mostram que os salários do sector público são, em média, 4% inferiores, em termos reais, ao que eram há 15 anos.

O secretário-geral do PCS, Mark Serwotka, disse que «o governo tem de olhar para a imensa votação a favor da greve em largas camadas da função pública e compreender que já não pode tratar os trabalhadores com desprezo».

Mark Serwotka / Morning Star

«Os nossos membros falaram e, se o governo não os ouvir, não nos resta outra opção senão lançar um calendário prolongado de greves, que alcance todos os recantos da vida pública», acrescentou, citado pelo periódico Morning Star.

Recordando que o ex-primeiro-ministro conservador Boris Johnson, em meados deste ano, ameaçou eliminar 91 mil postos de trabalho na Função Pública, Serwotka afirmou que os trabalhadores «assumiram de forma voluntária e diligente um papel vital no funcionamento do país durante a pandemia – mas basta!».

«O stress de trabalhar na Função Pública, sob a pressão da crise do custo de vida, a eliminação de postos de trabalho e o encerramento de agências, levou-os até ao extremo do cansaço», sublinhou o dirigente sindical, que pediu uma resposta positiva do governo às exigências dos trabalhadores.

Estas passam por um aumento salarial de 10%, estabilidade no emprego, justiça nas pensões e protecção em caso de despedimento. Segundo refere a fonte, os trabalhadores fartaram-se de ouvir que tinham de viver com «contenção salarial», num contexto de inflação galopante e com o governo a elevar o plafond das bonificações para os banqueiros.

Os funcionários públicos juntam-se assim aos enfermeiros, que decidiram recentemente avançar para a greve; aos professores do Ensino Superior, que devem fazer greve no final deste mês; aos trabalhadores dos transportes e dos Correios, que têm estado a levar a cabo paralisações, de forma intermitente, desde a Primavera; aos bombeiros e aos professores, que estão a decidir se avançam para novas greves.

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