O navio, que carrega medicamentos, produtos de higiene, alimentos e próteses médicas para crianças, já está a caminho de Gaza em mais uma tentativa de quebrar o bloqueio imposto por Israel aos territórios da Palestina ocupada. A organização, que teve outro barco, o Madleen, sequestrado por Israel há um mês, sofre agora mais um ataque.
A última parte desta nova jornada do Handala começou ontem, dia 20 de Julho, com a partida do porto de Gallipoli, no sul da Itália. No entanto, durante os preparativos finais para zarpar, a tripulação, composta por 21 civis, foi alvo de dois actos de sabotagem contra os próprios e contra a missão em que estão empenhados.
A primeira sabotagem foi descoberta na véspera da partida, à noite, quando a tripulação deu conta de uma corda enrolada em redor da hélice do motor do barco. «Isto não poderia ter ocorrido por uso normal ou por acidente. Tratava-se de uma ameaça direta à segurança do nosso navio e à sua capacidade de navegar», denuncia a Freedom Flotilla em seu site.
Já na manhã da partida, um segundo acto de sabotagem foi cometido contra a tripulação. Ao receberem uo camião de água potável, que abasteceria o navio para toda a viagem, um cheiro a químico levantou suspeitas: o Handala havia recebido um carregamento de ácido sulfúrico no lugar de água potável. Respingos da substância causaram queimaduras na perna de um tripulante. Outro teve queimaduras nas mãos e acabou por inalar os vapores do ácido quando abriu o tanque para conferir o conteúdo.
A organização dispõe de fotos e vídeos da hélice amarrada e das etiquetas que identificavam o conteúdo do camião como ácido sulfúrico. «Apelamos a uma investigação imediata e à responsabilização total por estes actos», solicita a organização.
Os incidentes, no entanto, não adiaram a partida do navio e sua rota até Gaza pode ser acompanhada em direto através do rastreador da embarcação em www.freedomflotilla.org/ffc-tracker.
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