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Forte jornada de solidariedade com a Palestina nas ruas da Galiza

Em mais de 20 localidades galegas, milhares de pessoas exigiram, esta segunda-feira, o fim da «brutal campanha de morte» realizada por Israel nas últimas semanas e reafirmaram a solidariedade com a Palestina.

Muitos milhares de pessoas manifestaram-se, na Galiza, esta segunda-feira, em solidariedade com a Palestina e contra a «brutal campanha de morte» levada a cabo por Israel nas últimas semanas 
Muitos milhares de pessoas manifestaram-se, na Galiza, esta segunda-feira, em solidariedade com a Palestina e contra a «brutal campanha de morte» levada a cabo por Israel nas últimas semanas Créditos / @mardelumes

Na jornada de mobilização, convocada por Asociación Galaico Árabe Jenin, BDS Galiza, Mar de Lumes e Galiza por Palestina, milhares de pessoas manifestaram-se em 24 municípios da Galiza para denunciar o «genocídio» do povo palestiniano que o Estado de Israel está a cometer, havendo já registo de mais de 10 mil mortos provocados pelos bombardeamentos indiscriminados na Faixa de Gaza nas últimas semanas – 40% dos quais são crianças.

Segundo refere o diário Nós, as organizações convocantes dos protestos em solidariedade com a Palestina anunciaram novas mobilizações para amanhã, dia 8, nas três universidades galegas.

Óscar Valadares, porta-voz do Mar de Lumes – Comité Galego de Solidariedade Internacionalista, disse ao Nós que os protestos desta segunda-feira se enquadram num contexto mais amplo de mobilização, que já ultrapassa as 60 manifestações solidárias este mês.

Manifestação em Compostela, a 6 de Novembro de 2023 / @mardelumes

Neste sentido, destacou que as concentrações e manifestações de ontem, em cidades maiores ou cabeças de comarca, não foram as primeiras «nesta nova fase de extermínio contra o povo palestiniano, nem vão ser as últimas».

Por seu lado, Elvira Souto, responsável do colectivo BDS Galiza, disse ao periódico galego que «não é fácil descrever as atrocidades que Israel está a perpetrar na Palestina, não só na Faixa de Gaza, também na Cisjordânia. Faltam palavras».

«A crueldade impune com que Israel actua só pode ser entendida pela cumplicidade assassina da maioria dos governos ocidentais e o apoio dos grandes media que divulgam as suas mentiras grotescas», alertou.

Denunciar as cumplicidades

As mobilizações de ontem ficaram marcadas pela denúncia da conivência das autoridades galegas, espanholas e europeias com o Estado de Israel. Neste sentido, as organizações promotoras da jornada de protestos referiram, num manifesto lido no final das mobilizações, que «é responsabilidade nossa denunciarmos a cumplicidade dos nossos governos, em particular do governo espanhol e da União Europeia [UE], com o Estado terrorista de Israel, e também o papel vergonhoso da Xunta da Galiza».

As entidades promotoras das mobilizações declararam que «o nosso papel, como sociedade consciente e como povo solidário que sempre se posicionou com as causas justas, é condenarmos a insistência de quem nos governa em manter relações privilegiadas com um Estado baseado no apartheid e que agora, nesta nova fase duma ocupação que dura já 75 anos, procura uma definitiva limpeza étnica».

Asociación Galaico Árabe Jenin, BDS Galiza, Mar de Lumes e Galiza por Palestina – refere o diário Nós – criticaram o facto de «a única acção dos governos de Madrid e Bruxelas seja pedir pausas humanitárias limitadas», bem como a tentativa de «apresentar o extermínio de um povo como direito à defesa. Os estados ocupantes não têm direito a defender-se. O que exigimos é o fim do massacre e políticas decididas para acabar de verdade com a ocupação».

Denunciar as hipocrisias

Óscar Valadares, do Mar de Lumes, chamou a atenção para «as responsabilidades das autoridades, galegas, espanholas e comunitárias, que estão alinhadas com a causa sionista». Assim, lembrou que «o Parlamento da Galiza aprovou em 2013 uma resolução por unanimidade de condenação do Estado de Israel pela sua política na Palestina; porém, a Xunta da Galiza manobrou por trás e fez todo o tipo de acordos para reconduzir as suas relações com Israel e levá-las a um estatuto de amizade».

Em declarações ao Nós, o porta-voz do Mar de Lumes criticou ainda a «hipocrisia do governo espanhol e da UE», tendo denunciado que o «executivo de Sánchez tem dito que é hora de reconhecer o Estado palestiniano mas na prática não só não o reconhece como mantém relações privilegiadas com Israel».

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