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Galiza: trabalhadores da administração pública solidários com o povo palestiniano

Os trabalhadores galegos da administração pública mobilizaram-se frente aos edifícios da Xunta em sete cidades, para apoiar o povo palestiniano, durante uma jornada de protesto convocada pela CIG.

Concentração dos trabalhadores galegos da administração pública em Pontevedra 
Créditos / CIG

«No dia em que Israel aprofundou a sua agressão à população de Gaza, bombardeando a cidade de Rafah e assumindo o controlo da passagem fronteiriça, o pessoal da administração galega mobilizou-se nos edifícios da Xunta das sete cidades em solidariedade com o povo palestiniano», indica a Confederação Intersindical Galega (CIG) numa nota divulgada no seu portal.

Ferrol, Compostela, Corunha, Pontevedra, Vigo, Lugo e Ourense foram as localidades onde ocorreram as concentrações, que foram convocadas pela CIG-Administração com o apoio das organizações Mar de Lumes, Galiza por Palestina e Asociación Galaico Árabe Jenin.

Mobilização de apoio ao povo palestiniano em Ourense / CIG

Nelas, indica a central sindical, os trabalhadores reclamaram um cessar-fogo imediato e instaram a União Europeia (UE) a impor um embargo militar a Israel, bem como a suspender o acordo de associação que mantém com Telavive.

«A administração pública galega em apoio ao povo palestiniano» foi o lema das mobilizações desta terça-feira, com as quais a CIG pretendeu denunciar o conflito na Faixa de Gaza e as duras restrições impostas pelo governo israelita na Cisjordânia ocupada, que «têm um impacto devastador nas condições laborais e humanitárias do povo palestiniano».

Neste sentido, defenderam que as diversas administrações públicas, sob o princípio de serviço aos cidadãos, «não devem gerir decisões políticas que impliquem alimentar o conflito em Gaza e apoiar um genocídio que deve ser travado imediatamente».

Concentração solidária com a Palestina e contra o genocídio sionista, na Corunha / CIG 

A CIG não aceita que estejam a ser destinados recursos públicos «para alimentar um conflito que provoca mutilações, assassinatos de dezenas de milhares de civis, fome e a destruição de todos os meios de vida», lê-se na nota, na qual se insiste que «os acordos bilaterais de comércio entre a UE e Israel devem ser suspensos de imediato como medida de pressão» e se exige o fim da guerra.

Assim, defenderam a «necessidade de reorientar a ajuda internacional com vista à reconstrução da legitimidade das instituições palestinianas, aumentando a sua capacidade de servir e representar os palestinianos em todo o território ocupado».

A CIG fez ainda um apelo para que os trabalhadores das administrações públicas dos demais estados da UE «manifestem publicamente a rejeição da gestão política dos recursos públicos que está a ser feita e a oposição ao conflito de Gaza».

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