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Forças israelitas matam dois palestinianos na Cisjordânia ocupada

No espaço de 24 horas, as forças israelitas mataram Rafiq Riyad Ghanam, de 20 anos, perto de Jenin, e Ahmad Harb Ayyad, de 32, nas imediações de Tulkarem, no Norte da Cisjordânia ocupada.

Palestinianos resistem a incursão de colonos e forças militares israelitas perto de Nablus, no final de Junho de 2022 
Créditos / english.aawsat.com

Esta quarta-feira de madrugada, as forças de ocupação levaram a cabo raides em grande escala na Margem Ocidental ocupada, tendo detido pelo menos 42 palestinianos, 29 dos quais na cidade de Silwan, perto de Ramallah, informa a agência WAFA.

Foi numa destas operações militares que o jovem Rafiq Riyad Ghanam foi morto, hoje de manhã, na aldeia de Jaba, cerca de oito quilómetros a sudoeste de Jenin.

Segundo refere a WAFA, Ghanam foi atingido a tiro e ficou gravemente ferido durante os confrontos com as forças israelitas que entraram na localidade, tendo sido detido juntamente com outro palestiniano. Acabou por não resistir aos ferimentos.

Registaram-se também fortes confrontos com as forças de ocupação noutros pontos da Cisjordânia, bem como em Jerusalém Oriental ocupada, onde várias pessoas ficaram feridas.

Um outro palestiniano, identificado como Ahmad Harb Ayyad, natural da Faixa de Gaza cercada e residente na Cisjordânia, morreu ontem depois de ter sido brutalmente espancado por soldados israelitas, quando tentava atravessar o muro de separação junto à cidade de Tulkarem, para se dirigir para o trabalho.

Devido à gravidade dos ferimentos, Ahmad foi levado para um hospital em Nablus, onde faleceu pouco depois. O seu corpo foi entregue pelo Exército israelita à família, na Faixa de Gaza, através da passagem de Beit Hanoun, refere a WAFA.

O Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros condenou aquilo que descreveu como um «crime», pelo qual responsabilizou inteiramente o governo israelita.

Reiterou o pedido feito às Nações Unidas e à «comunidade internacional» para que garantam protecção ao povo palestiniano nos territórios ocupados, que «está a ser assassinado todos os dias em acções do Exército que são apoiadas pelo governo israelita».

Recorde-se que milhares de trabalhadores palestinianos vão trabalhar todos os dias para os territórios ocupados em 1948, aquilo que é hoje o Estado de Israel. Para evitar o congestionamento e as humilhações a que são sujeitos nos postos de controlo (checkpoints), muitos tentam atravessar directamente o muro de separação construído por Israel, também conhecido como Muro do Apartheid.

Ali, são por vezes agredidos ou mortos pelas forças militares israelitas, como aconteceu a Ahmad Ayyad ou, em meados do mês passado, a Nabil Ahmad Ghanem, de 53 anos, que foi atingido a tiro quando se dirigia para o posto de trabalho, na secção do muro de separação a sul de Qalqiliya.

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